Oportunismo pré-eleitoral

           Já a partir de agora, estamos assistindo à movimentação de determinados pré-candidatos que, aproveitando-se da boa fé do nosso povo, sobretudo em matéria religiosa, já tentam passar para esse tipo de eleitor a piedosa imagem de católica. Um envolve-se com a pastoral do dízimo de uma paróquia, outro procura faturar o prestígio de haver conseguido a construção de uma estátua, outro envolve-se com o Terço dos homens e assim por diante.
           Não estamos condenando nada isso, em princípio, já que se trata de corretas formas de devoção religiosa. O que estranhamos é que esse tipo de fervor demonstrado por certos pretendentes a cadeiras no Legislativo fortalezense não esteja incorporado aos hábitos deles, mas se caracterizem por uma certa sazonalidade inerente ao ano eleitoral. Precisamos entender que as coisas da fé não devem ser usadas como moeda de troca eleitoral, pois a Bíblia condena com clareza qualquer manipulação com a fé.       
            Entendemos que a massa votante católica, como recomenda a própria Bíblia Sagrada, saberá distinguir o joio do trigo. Conhece perfeitamente, nessa multidão de candidatos, quem é de fato convicto em suas práticas religiosas e quem delas apenas se utiliza apenas em busca de votos.
            Outro ponto a ser considerado, no caso de certas figuras que vão tentar conquistar um novo mandato no Legislativo da cidade, é o que eles fizeram ou deixaram de fazer em defesa dos movimentos religiosos em quatro anos de legislatura. Esse é outro parâmetro fundamental para estabelecer a diferença entre oportunistas e não oportunistas.