sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dengue: Fortaleza já vive uma epidemia

A Capital é o segundo município com mais números de casos. Foram 11.848 notificados em 2012
 Com 11.848 casos notificados este ano, Fortaleza já registra uma epidemia de dengue. No Ceará, foram 17 mil casos até abril. A Capital é o segundo município brasileiro com maior concentração de casos, atrás apenas do Rio de Janeiro, que registrou mais de 64 mil notificações da doença. Na próxima semana, a Prefeitura promete buscar novos recursos federais e ampliar o número de postos de saúde em funcionamento no terceiro turno. Ontem, foi assinado decreto que regulamenta a vistoria epidemiológica de imóveis desocupados na Cidade.
“A situação configura-se como uma epidemia com características especiais, com inserção do sorotipo 4 do vírus da dengue, o que atropelou nosso planejamento de contingência”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Ana Maria Fontenele. Nos primeiros cinco meses do ano, conforme ela, foi notificado 1/3 dos casos de 2011, porém, de forma mais grave, pois a maioria da população ainda não tem memória imunológica contra o sorotipo 4.
A secretária reconheceu que a rede hospitalar de Fortaleza está esgotada, incluindo unidades particulares e públicas, e destacou a existência de uma contrarreferência logística para quem procura os hospitais. “A população demora a perceber algumas ações, o que causa uma impressão verdadeira das unidades lotadas”, disse. Conforme a secretária, para que o número de postos de saúde de hidratação seja ampliado- hoje são 17 – a principal medida é a aquisição de equipamentos. Estes postos possuem, no máximo, quatro poltronas para hidratação.

 PREVENÇÃO

Prevenção faz parte do plano de enfrentamento à dengue, hoje, em Fortaleza. A prefeita Luizianne Lins assinou decreto permitindo que o agente público municipal entre em imóveis abandonados, potenciais criadouros do Aedes aegypti. Atualmente, a Capital possui mais de 39 mil espaços com este perfil, entre imóveis e terrenos; a maioria dentro dos 21 bairros que compõem a área da Regional II. A ação preventiva inclui, ainda, lançamento de uma cartilha que deverá ser distribuída em escolas municipais.
”Setenta por cento dos fortalezenses precisam da Saúde Pública e este é o setor que tem mais desafios”, frisou a prefeita. A frente de ações da Prefeitura, segunda ela, é composta por intensificação da campanha de conscientização da população, alcance aos imóveis fechados e aumento de postos que atendam no terceiro turno. “Devemos estar anunciando esta ampliação na próxima segunda-feira”, garantiu.
A presença de um técnico do Ministério da Saúde em Fortaleza, conforme Luizianne, reforça a necessidade de mais recursos federais. “No começo da próxima semana, vamos conversar para conseguir recursos para estruturar as unidades básicas”, ressaltou. A prefeita ainda mencionou a superlotação de algumas unidades de Saúde da Capital, como resultado do número excessivo de pacientes do interior do Estado. (O Estado)

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