quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sucessão presidencial 2014: Declarações de Ciro continuam repercutindo

As recentes colocações do ex-deputado federal, Ciro Gomes, quanto às eleições presidenciais de 2014, ecoaram na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa. Eliane Novais (PSB) partiu em defesa do governador de Pernambuco e presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, e criticou a atitude de Ciro. Enquanto isso, pessebistas majoritários no Ceará condenaram o pronunciamento da deputada.

Deputado José Sarto, líder do Governo na Assembleia, foi um dos que defenderam a fala de Ciro e criticou o ex-presidente do PSB cearense FOTO: JOSÉ LEOMAR
Declaração infelizA deputada disse lamentar a declaração "infeliz" de Ciro Gomes, criticando os possíveis presidenciáveis que estão sendo postos no cenário nacional. Segundo ela, as frases do ex-deputado são outras de tantos "comentários infelizes", demonstrando profundo desconhecimento da vida pública do governador de Pernambuco. Assim como desconhecimento do PSB, que conforme disse, "ironicamente ele faz parte".
Palavra final
A parlamentar ressaltou ainda que queira ou não Ciro, a palavra final sobre possível candidatura de Eduardo Campos será dada pelo PSB. Ela disse também que Ciro precisa respeitar a história do PSB e seus dirigentes, o que segundo ela, "infelizmente, essa é uma prática distante de sua conduta".
Coerentemente
Os deputados aliados de Cid Gomes e de Ciro Gomes partiram na defesa dos dois. Osmar Baquit (PSD), por exemplo, afirmou que o ex-deputado, assim como o governador, tem defendido coerentemente o apoio de seu partido à presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o ex-deputado federal se posiciona apenas favorável à reeleição da petista, por ser natural, visto que ela segue para uma reeleição. "Se o Eduardo Campos tem desejo, eu acho, justo, mas o Ciro coloca apenas que esse não é o momento por conta da aliança. Se está dando certo, porque romper com a aliança?´, indagou.
Debate eleitoralPara Baquit, o debate eleitoral não está sendo antecipado, mas apenas, Ciro estaria chamando atenção dos partidos ligados ao Governo, para lembrar que uma dissidência poderá levar a uma derrota de toda a aliança ao redor do PT.
DefesaO deputado Sérgio Aguiar (PSB) foi outro que partiu em defesa de Ciro Gomes, afirmando que suas palavras não foram no sentido de menosprezar a grandeza do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, mas de lembrar que ele ainda não tem a "estrada pavimentada" para presidir o País.
"O Ciro falou no sentido que o PSB tem que maturar. O que Ciro Gomes e Cid Gomes estão dizendo é que nesse momento, o melhor para o País é manter a candidatura da presidente Dilma Rousseff".Eu admiro o trabalho do Eduardo Campos vendo o dinamismo que ele trouxe para o Nordeste, mas temos que convir que o PSB ainda está muito regional", afirmou o pessebista, lembrando que a ideia de lançamento de candidatura própria pelo partido não é unânime e que a maioria da legenda no Ceará apoia Dilma para reeleição.
PersonalidadesJá o líder do Governo, José Sarto (PSB), afirmou que os comentários feitos pelo ex-deputado foram ditos "genericamente" em relação a todas as personalidades que citou, como o senador Aécio Neves (PSDB) e a ex-senadora Marina Silva. "No entender dele nenhuma dessas pessoas tinha estrada, estatura ou dedicado seu tempo para conhecer a pluralidade brasileira".Segundo ainda José Sarto, "a fala do Ciro corrobora com a do Cid de que nenhum momento houve intenção de atacar qualquer candidatura. O PSB há dez anos é aliado do PT, inclusive, cerceando candidatura do Ciro para a presidência, apoiando a Dilma no passado".Segundo ele, se o PT colocar o nome da presidente Dilma Rousseff para a reeleição para mais um mandato não faria sentido lançar uma candidatura contrária dentro do PSB. O deputado atacou ainda a antiga presidência do PSB no Ceará, chamando a legenda de "partido de cacique", ao contrário do PSB plural de hoje. O ex-presidente do PSB cearense era Sérgio Novais, irmão da deputada Eliane.
Posicionamentos
O deputado Carlomano Marques (PMDB) também defendeu os posicionamentos de Ciro Gomes e disse que ele ainda não se tornou presidente da República porque não aceitou o convite do PMDB para se filiar à legenda. Já Roberto Mesquita (PV) afirmou que "o maior pecado dos Ferreira Gomes" foi não ter permanecido em um partido por muito tempo, como fez Eduardo Campos. Ele disse ainda que a "carga de veneno" dos comentários do ex-deputado foi muito forte.

Com informações do Diário do Nordeste

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