quinta-feira, 18 de abril de 2013

Alerta: Doação de órgãos não é negócio, é amor


Esse é um assunto que está longe de se esgotar, pois a questão da doação de órgãos nunca foi um assunto bem resolvido no imaginário popular, em nosso país. Todo tipo de lenda urbana povoa a mente dos possíveis doadores ou de seus familiares. Tanto é verdade que uma lei que deveria servir para alargar o número de doadores e, conseqüentemente, de beneficiários desses órgãos findou por servir de pretexto para que um sem número de pessoas fizesse questão de informar em suas carteiras de identidade que não são doadoras de órgãos ou de tecidos. A doação de órgãos é um ato de amor. Amor ao próximo e desprendimento, desapego a algo que nada mais é que um invólucro onde, enquanto vivos, mantemos guardado o que realmente importa, nossas almas.
As recentes notícias dando conta de que médicos (logo quem, meu Deus!), estariam vendendo órgãos doados por meio de um mecanismo em que os receptores furariam as filas de possíveis transplantados só servem para agravar esse quadro que já não é dos mais favoráveis ao instituto em análise, qual seja, doação de órgãos e tecidos para salvar a vida de quem não tem mais outra opção de sobrevivência que não seja a espera pela generosidade de quem doa um pouco de si ou de um ente seu querido. Necessário se faz que as autoridades tomem tento e retomem com força total o controle da situação. É preciso não apenas pedir, conscientizar as pessoas para que sejam doadoras de órgãos e tecidos. É preciso também fiscalizar o destino desses órgãos para que situações como as que têm sido veiculadas pela imprensa não se tornem a regra, o que, com certeza, só contribuiria para a rejeição de uma atitude tão cristã como é a doação de órgãos e tecidos.
Importante lembrar que ainda não há em nosso país um sistema eficaz de distribuição desses órgãos, razão pela qual, muitos receptores acabam por perecer nas filas de transplantes ao mesmo tempo em que aqueles órgãos, que poderiam lhes prolongar a vida, são comidos pelos vermes porque os meios de transportá-los não se mostram ainda eficazes como deveriam ser. Enfim, se o governo não se mexer, certamente a situação tenderá a se agravar mais e mais e o sonho de vida de muitas pessoas não passará de um pesadelo terrível.

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