terça-feira, 18 de junho de 2013

Secretário de Governo de Pernambuco culpa torcida e usa nome do Papa para justificar caoes no Recife

por Thiago Arantes
Blog de Andrade Tales
Torcedor que chegou cedo não pegou filas grandes, mas ficou trancado fora a Arena
Torcedor que chegou cedo não pegou filas grandes, mas ficou trancado fora a Arena
O secretário extraordinário da Copa do Mundo em Pernambuco, Roberto Leitão, usou justificativas curiosas para explicar a desorganização no transporte de torcedores até a Arena Pernambuco no domingo para o jogo entre Espanha e Uruguai pela Copa das Confederações.
Segundo o dirigente, parte da culpa pelo caos que fez as pessoas demorarem até 3 horas para deixar o estádio foi da torcida. “Houve, além de falta de sincronia – entre as vias de ônibus e metrô -, um comportamento inadequado de alguns torcedores, que jogaram barreiras e desorganizaram a saída”.
Depois, Leitão tentou se justificar dizendo que foi mal interpretado. “Não estamos colocando a culpa nos torcedores. Colocamos a culpa na falta de sincronia. Os torcedores atrapalham, sim. Mas isso não justifica o erro de operação”, afirmou o secretário.
A única forma de acesso ao estádio no domingo era a utilização de uma linha de metrô e de ônibus circulares que levavam até um ponto localizado a 2km do estádio. Muitos torcedores reclamaram da distância. Para o dirigente, a reclamação não faz sentido – ele usou até o Papa Francisco para minimzar o problema -.
“Sabe qual a distância que as pessaos vão percorrer para saudar o Papa na jornada da juventude? A estimativa é de 13 km. Até a Arena são cerca de 2km”, disse Leitão.
Em entrevista coletiva, o secretário e outras autoridades locais afirmaram que o plano de mobilidade foi aprovado pela Fifa e será repetido na quarta-feira no duelo entre Itália e Japão pelo grupo A da Copa das Confederações.
No domingo, a reportagem do ESPN.com.br utilizou o sistema de transporte público para chegar ao estadio, o trajeto transcorreu sem problemas entre as 14h às 15h. Depois, com a chuva e o aumento do número de torcedores, a espera entre as vias de metrô à chegada ao estádio foi de mais de duas horas.

Nota do redator do blogue: Leitão esquece que para ver o Papa Francisco, o Rio de Janeiro vai juntar mais de dois milhões de pessoas. E de graça. E ninguém paga 20 centavos.
E vai ser bonito de ver. Gente de todas as cores. De todas as classes sócio-econômicas.
Não se construiu nenhuma igreja, nenhum estádio bilionário.
No jogo Uruguai versus Espanha nem no campo tinha jogador negro. No gramado, nas cadeiras, nos luxuosos camarotes,  imperava o branco, quando o futebol é uma festa do povo, pra lá de alegre e colorida.

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