quarta-feira, 24 de julho de 2013

Acorda, despertar é preciso!

Acordo, ainda meio atordoada, olho pro relógio, e o susto! Os ponteiros cravados, apontam 09h:15 min, nem mais nem menos. Não acredito, e penso: Não estou vendo direito, ou será que ele parou? Esfrego os olhos, vou ao banheiro, escovo os dentes, banho o rosto. Volto e olho mais uma vez para o relógio. Os ponteiros n...ão param e confirmam: Você, verdadeiramente dormiu de...mais, é verdade. Não, ainda não acredito, estou meio sonolenta, vou tomar um banho, lavar o corpo já que não posso lavar a alma. Retorno ao meu quarto, abro minha já famosa janela e o clarão do Sol confirma que ele está ali, com toda sua luminosidade, sem pedir licença, ultrapassa minha janeira e se joga quente e desavergonhadamente sobre minha cabeça, como a dizer-me: - Mulher, senti tua falta, acorda, estou aqui! - E mais uma vez, incrédula, olho para aquele brilho que continua a ofuscar e clarear meus dias muitas vezes sombrios, outros gritantemente alegres. Mas hoje ainda não sei dizer como está meu astral. Mais uma vez fecho e abro meus olhos e pisco incontáveis vezes na tentativa de me acostumar com aquela luminosidade que me inebria e ao mesmo me deixa tonta e sem ação. Repito o gesto por mais duas, três inúmeras vezes. Preciso acostumar-me com essa luminosidade já minha inebriante amiga e companheira de todos os dias. E a pergunta não cala na garganta: Gente! Cadê aquela mulher insone? O que foi que houve para essa displicente e completa entrega aos braços de Morfeu? Perdi completamente a hora. Ligo pro meu trabalho e peço um “ please help me!!”. Graças a Deus sou prontamente atendida. Gente, preciso despertar, acordar desse sono que ainda teima em tomar conta do meu corpo, preciso acordar, para o dia que se inicia e pra vida que teime em me pregar peças, mas que também teima em me dizer que quer ser bem vivida. Essa foi mais uma das noites em que a realizada se mostrou nua e crua mas o dia chegou, e preguiçosamente me disse: Seja forte mulher, tome atitudes! Dou uma circulada pelo espaçoso apartamento, vou à varanda, olho pros meus vasinhos de plantas, procuro uma rosa, não tem rosas, tem pimentas, de vários tipos, até a malagueta, aquela que arde como está ardendo agora meu coração, esse coração que alguém pisou e pisou com tanta força que quase o esmaga como se faz com uma florzinha indefesa e displicentemente caída ao chão. Mas quem mandou, mulher, tu abrires todas as tuas portas, a da tua casa e do teu coração e deixar aquela pessoa adentrar imponente e confiadamente roubar teu coração, murchar tuas flores e sair, intempestivamente como entrou, só que agora nada deixando pois com ele levou tua alegria, tua lua, teu sol, teu ceu, tuas forças e de quebra, ainda calou tua voz. Mas ele deixou alguma coisa, acho que na pressa, esqueceu de também levar o grito, não ele não esqueceu, é que o grito esse grito está preso e ainda bem preso em minha garganta. Agora, preciso soltá-lo! Estou me preparando para soltá-lo e vai ser a plenos pulmões, e vai ser da minha janela. Antes, vou tomar um forte café e iniciar aquela prometida faxina geral. Hoje não deixo pedra sobre pedra. Uma quarta-feira porreta de boa pra todos vocês

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DESTAQUE

Uso de reconhecimento facial no Brasil e no Ceará é tema de audiência na Alece nesta terça

  Foto: Divulgação/Alece A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realiza, nes...