segunda-feira, 22 de julho de 2013

Acuado pelo escândalo dos tablets, Eduardo Campos manda preposto para a abertura da SBPC


DA FOLHA DE PERNAMBUCO
Renata Coutinho
Um protesto de professores roubou a cena durante a solenidade de abertura da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada, ontem, no teatro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os manifestantes eram integrantes do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) que com faixas e bonecos adentraram o espaço para reclamar dos governos estadual e municipal quando o assunto é educação. Os manifestantes também demonstraram apoio aos rodoviários que estariam sendo demitidos após adesão a greve motivada pela campanha salarial. “Aproveitamos a abertura da SBPC para mostrar que a educação não é da forma que o governo coloca. Temos uma das piores avaliações do País em educação”, disparou uma das coordenadoras do Simpere, Simone Fontana. O protesto foi pacífico. Momentos antes da mobilização dos professores o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, declarou que os encontros da SBPC abrem espaço para as inquietudes, inclusive as que têmmovimentando o País na ruas nos últimos dois meses. “Toda a reunião científica temque ser baseada na inquietude. Isso não é novidade para nós”, disse. “Entre os temas trazemos o da cidade. Sentimos o que pensamos jovens e o que significaram as movimentações de rua. A expectativa e desejos coletivos. As universidades estão atentas a isso”, endossou o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro. Quando o assunto foram os investimentos da pasta no Estado, Raupp destacou que Recife e Pernambuco estão no centro das ações de desenvolvimento. O ministro ainda destacou a importância da ciência como remédio para consequências negativas no processo desenvolvimento do País, com antídotos para o meio ambiente e no campo social. Anísio Brasileiro também frisou três grandes desafios que a da produção científica para os próximos anos: a continuação do crescimento da graduação e pós-graduação, internacionalização das pesquisas produzidas no País, e a redução das burocracias para o avanço da ciência. A programação da 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência segue até a próxima sexta-feira, no campus da UFPE.

DIARIO DE PERNAMBUCO

Abertura da SBPC é marcada por vaias e constrangimento no Teatro da UFPE

Publicação: 21/07/2013 20:44 Atualização: 21/07/2013 20:51
Há dez anos que a reunião, cuja abertura ocorreu no Teatro da UFPE, não era realizada no Recife. Foto: Larissa Rodrigues/DP/D.A Press
Há dez anos que a reunião, cuja abertura ocorreu no Teatro da UFPE, não era realizada no Recife. Foto: Larissa Rodrigues/DP/D.A Press
A abertura da 65ª edição da Reunião da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que ocorre no Recife na noite deste domingo (21), no Teatro da UFPE, foi marcada por constrangimentos. Ao ser chamado para compor a mesa, o secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Marcelino Granja, foi vaiado pelos presentes. 

Ele participa do evento representando o governador Eduardo Campos (PSB). Há dez anos que a capital pernambucana não sediava a conferência. O objetivo do evento é levar aos participantes um panorama do se faz em ciência hoje no Brasil.

Munidos de faixas, professores da rede municipal do Recife também aproveitaram a cerimônia para protestar contra os descontos sofridos nos salários, devido à greve de 15 dias que a categoria realizou entre os meses de maio e junho. A coordenadora geral do Simpere (Sindicato Municipal dos Professores de Ensino da Rede Oficial do Recife), Simone Fonseca, afirmou que a ação também ocorreu em apoio aos rodoviários. "Os motoristas e cobradores recebem salário de fome", disparou.

A Reunião da SBPC vai até o dia 26 de julho e neste ano traz como tema "Ciência para o novo Brasil". A homenageada será a arqueóloga Niéde Guidón, que atua como professora visitante da UFPE, e o linguista Luiz Antonio Marcuschi, um dos primeiros docentes do Programa de Pós-Graduação em Letras (Linguística) da universidade. 

Até a próxima sexta-feira serão oferecidas 266 atividades, com a participação de pesquisadores renomados do Brasil e exterior, e gestores do sistema estadual e nacional de C&T. Haverá 82 conferências, 87 mesas redondas, 60 minicursos, 16 encontros, nove sessões especiais, seis simpósios e seis assembleias.

Com informações da repórter Larissa Rodrigues
 

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