segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Voto de Celso de Mello sob suspeição

Do blog do Mágno:
Eles já dividiram moradia
Há uma desconfiança quase que generalizada no País de que o voto de minerva a ser dado no julgamento do mensalão na próxima quarta-feira, pelo ministro Celso de Mello, não seja movido apenas pelo embasamento jurídico.
Mello tem relações sentimentais antigas com o ex-ministro José Dirceu, chefe da quadrilha que surrupiou R$ 170 milhões dos cofres públicos para ratear com deputados simpáticos ao Governo na Câmara dos Deputados.
Na biografia não autorizada de Dirceu, escrito pelo jornalista Otávio Cabral, da revista Veja, que hoje estará no Recife para uma noite de autógrafos, o autor revela que Dirceu e Celso de Mello moraram juntos numa pensão no bairro da Liberdade, em São Paulo, na década de 60, quando cursavam Direito.
Trata-se de uma amizade, portanto, antiga, que vem da banca escolar, dos anos de chumbo. Dirceu e Celso dividiam uma pensão quando estourou a Revolução de 1964. A mesma revista, na edição desta semana, diz que eles não eram amigos, nem próximos. Mas devem ter vividos momentos comuns.
É possível adivinhar o voto minerva?  “Pauto-me pelo respeito e reverência às leis da República. Tenho a convicção formada e vou expô-la de modo muito claro, muito aberto, na próxima quarta-feira”, disse o ministro.
Se aceitar os embargos infringentes, Celso de Melo fará uma manifestação pela inexistência da quadrilha. De quebra, a retirada da Casa Civil, comandada por José Dirceu, do cenário do crime. Ao mesmo tempo, abrandará a pena aplicada ao ex-ministro, que teria apenas de dormir na cadeia.
Na verdade, o voto de Celso de Mello tanto pode abrir uma porteira para desfigurar todo o julgamento do mensalão e desmoralizar o Judiciário quanto perpetuá-lo como o homem que deu início, com coragem e sensatez, ao estágio do fim da corrupção no Brasil, não permitindo o trunfo da impunidade.

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