sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Governador de Pernambuco usa mais da metade de seu tempo fazendo campanha rumo a presidência

Nos últimos 20 dias, governador foi a atos de cunho eleitoral em 12, o dobro do que fazia antes de seu acordo com Marina
Presidente do PSB diz que não negligencia o Estado: 'sei conciliar meu papel político com o de administrador'
DANIEL CARVALHODO RECIFEMARINA DIASDE SÃO PAULO
Desde que anunciou a aliança com a ex-senadora Marina Silva, no início do mês, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ocupou mais da metade de sua agenda com compromissos de pré-candidato.
Dedicado às articulações para viabilizar seu nome na disputa pelo Palácio do Planalto em 2014, nos últimos 20 dias, Campos foi a eventos de cunho eleitoral em 12 deles, o dobro do que costumava fazer antes do acordo.
No mesmo período, manteve a média com nove compromissos públicos no Estado, que ganharam apelo de campanha, com visita a canteiro de obras, palanques e fotos com operários.
Metade das agendas que cumpre como pré-candidato, a maior parte delas fora de Pernambuco, não foi divulgada no site do governo.
Em 10 de outubro, por exemplo, Campos viajou a São Paulo para almoçar com Marina e aliados. Sua agenda oficial dizia que o governador estava em reuniões administrativas no gabinete.
Nesta semana, o pernambucano recebeu em Teresina (PI) o título de cidadão do Piauí, Estado comandado pelo aliado Wilson Martins (PSB). Nenhum evento foi divulgado oficialmente.
Segundo a Folha apurou, para reverter seu percentual de desconhecimento (43%), Campos visitará os 26 Estados do país e Distrito Federal até fevereiro. Em março, deve deixar o governo de PE e assumir sua candidatura.
O governador disse anteontem que não está negligenciando o Estado. "Minhas obrigações estão sendo cumpridas. Presto contas à população", disse Campos. "Sei conciliar meu papel político com o meu papel de administrador", completou.
Interlocutores afirmam que, na ausência de Campos, as principais responsabilidades do governo ficam a cargo de Tadeu Alencar, secretário da Casa Civil do Estado.
O PSB diz que as despesas em viagens de Campos como presidente nacional da sigla são pagas pelo partido. (Folha de São Paulo)

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