sábado, 23 de novembro de 2013

Hospital da Restauração: Maior emergência do Nordeste tem acompanhante dormindo no chão e falta de remédio

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Um relatório produzido pelo Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) e pelo Sindicato dos Médicos do Pernambuco aponta que o Hospital da Restauração, no Recife, sofre com uma série de problemas como superlotação, falta de vagas para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), deficiência no sistema elétrico e desrespeito aos acompanhantes de pacientes, que precisam dormir no chão Divulgação
Um relatório produzido pelo Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) e pelo Sindicato dos Médicos do Pernambuco aponta que o Hospital da Restauração, no Recife, sofre com uma série de problemas como superlotação, falta de vagas para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), deficiência no sistema elétrico e desrespeito aos acompanhantes de pacientes, que precisam dormir no chão.
O Hospital da Restauração é a maior unidade de atendimento de urgência e emergência do Norte e Nordeste com 723 leitos. O hospital realiza 23.000 atendimentos por mês, entre emergenciais e ambulatoriais, feitos por mais de 3.500 funcionários.
O relatório divulgado nesta quinta-feira (21) foi produzido após visita realizada na última segunda-feira (18). Os fiscais encontraram corredores e enfermarias superlotadas, com pacientes em cima de macas. Em alguns casos, é possível ver pacientes em macas praticamente encostadas nas outras por falta de espaço.
Segundo o documento, na área de traumatologia, por exemplo, havia 27 pacientes, quando a capacidade máxima é de 23. "Há 15 dias havia 57 pacientes", informaram as entidades.
O relatório também apontou para a falta medicamentos essenciais, como Tramal (analgésico para pessoas com dor intensa).
Porém, segundo o fiscal do Cremepe, Sylvio Vasconcellos, o problema mais grave do hospital é a precariedade da instalação elétrica. Ele disse que, por conta da sobrecarga, os plantonistas precisam escolher se ligam o monitor ou o respirador.
Na sala vermelha da clínica médica –destinada a atendimento de casos graves--, havia 10 pacientes internados há mais de 10 dias. "Eles deveriam passar o menor tempo possível no local", alerta Vasconcellos.
A sala vermelha também abrigava oito pacientes com ventilação mecânica, que deveriam estar na UTI. Além disso, só haveria uma pia, sem sabão, e a unidade não oferece condições de estar médico satisfatória.
Segundo o presidente do Cremepe, Sílvio Rodrigues, o problema das unidades de saúde pública em Pernambuco deve-se ao pouco investimento no setor.
"Tudo isso está atrelado ao financiamento, que também está atrelado ao governo federal. Precisamos discutir essa questão, pois senão essas unidades continuarão da mesma forma", disse.
"Todos os relatórios serão encaminhados ao Ministério Público, às secretarias, mas, além disso, vamos criar uma resolução sobre as condições mínimas de alojamento de emergência. Esperamos concluir ainda esse ano e encaminhar para as unidades", informou.
Reforma
Em nota, o Hospital da Restauração se limitou a dizer que a unidade passa por reforma, o que justificaria alguns dos problemas encontrados.
"O Hospital da Restauração está passando por uma profunda reforma estrutural desde o mês de julho passado em sua emergência o que naturalmente causa alguns transtornos, mas em breve estará dotada de todas as condições necessárias para o melhor atendimento aos seus pacientes", informou.
Ainda segundo a direção do Hospital, "no Termo de Fiscalização assinado pelo médico fiscal Sylvio Vasconcellos, no HR não foi constatado nenhuma irregularidade."

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