domingo, 22 de junho de 2014

Devaneios

Ontem, antes de aconchegar-me entre meus travesseiros e embalar-me nos braços de Morfeu, orei, pedi a Deus que perdoasse minha ingratidão por as vezes lamentar tanto e não enxergar tudo de bom e maravilhoso que a vida me oferece. O dia amanheceu, e acordei ainda com o gosto amargo daquela noite em minha boca e uma sensação de desconforto em meu corpo.  E senti uma leve sensação de vazio por não saber ao certo quem dormiu comigo, se a sombra de um não, a incerteza de um talvez ou o vulto de um sim. E nesse emaranhado de dúvidas,  um nó se fez em minha garganta e três grossas lágrimas rolaram pelo meu rosto: a primeira escorreu pela face esquerda e  alojou-se no canto de minha  boca que sugou aquele gosto salgado de tristeza; a segunda, chocou-se com a rija bochecha direita, caiu no chão de meu quarto, se transformando em uma pequena poça de solidão; a tarceira e última, caiu na palma de minha mão e senti o ardor de tua falta, essa foi a que mais doeu.

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