sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quanto vale a honra de um homem?

Alguém já parou para pensar o inferno que se transformou a vida do cidadão José Carlos Cosenza, desde que foi apontado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, como um dos “beneficiários de propinas”, “Sócio do petrolão”, e outras mazelas mais, quando, pelo que tudo indica, seu único pecado foi ser diretor de abastecimento da Petrobrás quando a estatal está envolvida num verdadeiro mar de corrupção? Exercer cargo executivo não significa, entretanto, que todos os diretores sejam corruptos, ladrões dos dinheiros públicos. Não esqueçamos que no meio desse lamaçal tem gente honesta.

Desde o primeiro momento das denuncias envolvendo seu nome, Cosenza permaneceu silente, com a certeza que a verdade viria à tona. 
E veio, num simplório pedido de desculpas da Polícia Federal que reconheceu o engano cometido, mas o estrago já estava feito e não será um simples “mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa” que vai devolver a paz e a tranqüilidade aquele homem e à sua família. Alguém já pensou nos filhos desse senhor? Na esposa? Enfim, na família?
Quem vai devolver as noites de sono perdidas, a honra destruída, a vergonha de ver seu nome, durante dias, enlameado e espalhado por todo território nacional e além fronteiras?

 Não se enganem, o alvo era atingir a Presidenta. Quem tem um pouco de discernimento, vai entender que o “tiro” tinha alvos certos: A presidenta Dilma e sua auxiliar, Graça Foster, presidenta da Petrobrás. É só se dar ao trabalho de ler as manchetes dos jornais de ontem que não deixam dúvidas quando citam em grossas, grandes e coloridas letras, que havia acabado a blindagem da Presidenta.  

E a grande imprensa? Que execrou o cidadão, o pai de família? Como vai tratar esse homem? Também com um simples pedido de desculpas pela estrondosa divulgação relacionando seu nome aos dos verdadeiros safardanas, sugadores da consciência alheia e surrupiadores dos cofres públicos?

A pergunta que não quer calar:  A imprensa reservará o mesmo espaço para retratações? Mesmo que dê, o  que acho difícil, o mal já está feito pois o atual diretor de abastecimento da Petrobrás, José Carlos Cosenza, já foi publicamente massacrado e sua reputação e sua honra profundamente abaladas.

E a Polícia Federal pregou aviso quando afirmou que “por enquanto”, não tem nada contra José Carlos Consenza.

Certo é que não se fala mais nisso, mas, as seqüelas, com certeza, ficaram.

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