quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Indonésia e o corredor da morte

Mais de 130 presos estão no corredor da morte da Indonésia

País executou seis presos no último domingo, incluindo brasileiro.
57 deles foram condenados por tráfico de drogas.

Da EFE e do G1

Mais de 130 presos estão no corredor da morte na Indonésia, declarou nesta quarta-feira a ministra de Leis e Direitos Humanos, Yasonna Laoly, após a execução de seis detentos no domingo, incluído um brasileiro.
"Queremos dar uma informação precisa, o número de indivíduos condenados à pena de morte em varias prisões (do país) é de 133", precisou Laoly diante da Casa de Representantes do país asiático, segundo o jornal "Jakarta Post".
Dos sentenciados 57 contam com penas por tráfico de drogas, dois são culpados por atos terroristas e os 74 restantes são por crimes que não foram detalhados pela ministra.
O procurador-geral da Indonésia, Prasetyo, declarou ontem que mais de 60 presidiários esperam a execução, embora não tenha mencionado nem quando e nem onde serão materializadas as penas.
No domingo (18), seis prisioneiros (cinco estrangeiros, entre eles o brasileiro Marco Archer Cardoso, e um indonésio) foram fuzilados por um pelotão na ilha Java, após serem considerados culpados por delitos de tráfico de droga.
Após o fuzilamento, a presidente Dilma Rousseff - que tentou em vão salvar a vida dele - chamou para consultas o embaixador brasileiro em Jacarta para manifestar seu repúdio à execução. O corpo de Marco Archer foi cremado na Indonésia. Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também está no corredor da morte por tráfico de drogas.
"Isto enviará uma mensagem aos membros dos sindicatos da droga. Não há clemência para os traficantes", indicou o procurador-geral antes da execução das penas.
Organizações pró direitos-humanos, como Anistia Internacional (AI), pediram uma moratória na pena de morte ao presidente indonésio, Joko Widodo, que tomou posse do cargo em outubro e foi considerado por muitos ativistas como uma esperança de uma mudança no país.
"O novo governo indonésio jurou o cargo com a promessa de melhorar o respeito pelos direitos humanos, mas proceder com estas execuções é um movimento regressivo", disse o diretor da AI na Ásia, Rupert Abbott, antes das execuções.

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