sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

PRETO NO BRANCO, coluna publicada no jornal O ESTADO

                        Xadrez presidencial
        A piada do momento é ver a oposição formada pelo DEM e pelo PSDB fazendo críticas à política econômica capitaneada pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que nada mais é que a política de arrocho fiscal que esses mesmos partidos defendiam durante a campanha eleitoral. Aliás, Levy, segundo consta, teria inclusive votado em Aécio Neves e não na sua atual chefa, o que é outra piada, já que Dilma foi eleita justamente ao defender uma política não tão austera como a que ora vem implantar pelas mãos de Levy e que tem sido alvo de sérias críticas daqueles que lhe apoiaram à reeleição.
        Como diria a saudosa Cassia Eller, ao que tudo indica, o mundo está ao contrário e ninguém reparou. Ou será que o que vemos é um aceno de que Dilma tem mesmo planos de abandonar o barco petista ou pelo menos o petismo lulista e navegar por outras águas?  Nem os petistas que hoje estão no entorno da presidenta são aqueles mais chegados ao ex-presidente, mas petistas tidos como mais afinados com os movimentos sociais e com a esquerda do PT. Entretanto, é um bocado paradoxal que ao mesmo tempo que Dilma esteja se afastando da ala mais conciliatória e à direita de seu próprio partido, esteja também se aproximando de setores mais reacionários das demais forças políticas para compor o seu governo.
         O que pretende Dilma? Que estratégia traz na cabeça que ainda não conseguimos decifrar? Que existe alguma estratégia nessa movimentação do xadrez presidencial ninguém duvide e ninguém subestime a inteligência da nossa presidenta. Afinal de contas, não se chega aonde ela chegou sem um cérebro privilegiado.
                                              
                CURTO CIRCUITO
Bibliotecas
         Para o deputado Raimundo Matos (PSDB), a “montanha” de zeros dados aos estudantes que fizeram o ENEM, serviu para alguma coisa, ou seja, para alertar os governantes de que mais de metade dessas notas negativas deveu-se à falta de leitura, que por sua vez, é o resultado da falta de bibliotecas, que levem os jovens a ler mais.
Os senadores são óóóótimos!
        Segundo o “Correio Braziliense”, um dos temas do momento em Brasília, é a PEC, a ser votada em fevereiro, pelo Senado, propondo o fim da reeleição para presidente da República, governador de Estado e prefeito. Como medida para concretizar a alternância de poder. Sobre os senadores, que detêm mandatos de oito anos, não se fala...
 Na torcida                         
        Uma informação sobre a equipe da presidenta Dilma, tem mexido com o imaginário e o “olho grande” de muita gente: em conseqüência da possibilidade de alguns ministros nomeados serem “enrolados” na Lava Jato, algumas “brechas” poderão surgir. Segundo levantamento do que denunciará o MPF ao STF, seis vagas poderão surgir. 
Argumentando
        A decisão do presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho, de transferir para o centro a sede daquele Poder, tem alguns negativos, mas tem outros que merecem ser refletidos. Para ele, foi depois que se tirou do centro o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal, que teve início a decadência do “coração da cidade”.
Ainda será tempo?
         O jeito do governador do Ceará, Camilo Santana, iniciar a sua gestão, ou seja, chamando deputados, lideranças e empresários para governar com ele, serviu de exemplo para que o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio aja do mesmo modo. Esperamos que o apelo de R. C. não tenha chegado tarde demais, pois há muitas frustrações com ele.
Uma vergonha!

          Na ultima segunda-feira  os motoristas e trocadores de ônibus que trafegam pelo Terminal de Messejana, pararam por uma hora, como protesto contra um caso de envergonhar: os banheiros para o público são como chiqueiros de porcos, e para a categoria, nem banheiros existem. E tudo numa capital que é referência turística do país...

Sugestões, informações   e críticas:
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