quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Vida, vida minha, desistir de ti, jamais!

Posso passar todas as intempéries, todas as dificuldades, todos os problemas, todas as provações; posso sentir-me cansada, esgotada, maltratada, assacada no que tem de mais sagrado em mim; posso sentir o peso da ingratidão, da solidão, da tristeza, do abandono; posso chegar às vezes, até a pensar em desistir. Mas, como desistir se mesmo assim a vida é bela!
Como desistir se quando olho pra natureza minha alma se renova, meu coração pulsa mais alto e mais acelerado! Se quando sinto o ronco do mar, o calor do sol, o brilho da lua e das estrelas, pequeninas na aparência mas enormes no piscar, sinto a presença de Deus em toda essa criação!
Como desistir se até as birras, as zangas entre os astros e que me metem medo, às vezes me fazem sorrir! Como desistir se sem querer numa hora a natureza me maltrata e noutra ela é a maltratada! Como desistir se nos completamos, eu, céu, mar, terra! E nesse momento sei que no entrelaçar desses corpos celestes, quentes e no enlevo de nossas mentes ardentes só temos que pedir cada vez mais paz e amor!
Como desistir se tuas dificuldades são minhas dificuldades, se tuas dores são minhas dores, se teus temores são meus temores, oh, natureza bela!
Como desistir se como os grandes navegadores, nos temporais e nas maiores tempestades, mesmo que não possa mudar o curso das águas, não possa mudar o vento, faço um esforço hercúleo e mudo as velas só pra te proteger, natureza!
 Diga-me, vida, como posso desistir de ti, se tua grandeza é minha maior dádiva e teu caminho é minha maior recompensa!

Por tudo isso e por muito mais, vida, vida minha, desistir de ti, jamais!

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