quarta-feira, 13 de março de 2024

PRETO NO BRANCO - Coluna da semana

 

                            Desencontros amenizados

         As relações entre as principais lideranças da coligação governista do Ceará, em Fortaleza ou interior, ou mesmo no campo nacional, têm mostrado os problemas que podem enfrentar as principais direções partidárias aliadas. Tem-se destacado o rompimento entre os irmãos Cid e Ciro Gomes, que repercutiu dentro e fora do Estado, desfazendo as coligações PDT-PSB em Recife e Fortaleza, prejudicando os João Campos e Sarto Nogueira, prefeitos dessas capitais.

O caso mais preocupante são divergências entre o senador Cid Gomes (PSB), com o deputado José Guimarães, tendo como ponto principal a decisão do PT de lançar candidato próprio à Prefeitura de Fortaleza.   Sobre isso, discorda o líder sobralense, ao reafirmar ser um caso de hegemonia do Partido dos Trabalhadores açambarcar a presidência da República, o Governo do Estado,  e também o comando da capital.    Ou seja, quer tudo.

Muitos políticos governistas e observadores mais atentos, não chegam a ver essa situação como ameaçadora para o grupo governista, a essa altura bastante consolidada, o que não significa que Cid, Guimarães e outros permaneçam apegados de forma radical aos seus pontos de vista, com Cid classificando os objetivos do PT, e Guimarães insistindo em que uma vitória certa deverá ocorrer com Evandro Leitão eleito para o Paço Municipal. Como se vê, são desarranjos que a harmonia Camilo-Cid-Elmano conseguiu amainar com união e harmonia. 

 CURTO CIRCUITO

(DES) UNIÃO BRASIL

 Em clima de rachade amplitude nacional, a União Brasil, partido do Capitão Wagner, do prefeito Roberto Pessoa e do deputado Felipe Mota, vive perigosa crise interna, com o deputado cearense Danilo tentando levar ao Conselho de Ética do partido o deputado Antonio Bivar acusado de provocar incêndios contra o deputado Antonio Rueda, presidente recém-eleito do partido. Pelo que suspeitam os que conhecem de perto os principais envolvidos nesse rolo, a explicação é simples: R$ 750 milhões do Fundo Partidário.

PODER COMPARTILHADO

 O senador Cid Gomes se mostre disposto a insistir no seu ponto de vista quanto a ser contra um candidato do PT, não há sinais de que ele pretenda, com isso, criar obstáculos para o sucesso do Pleito de outubro, no caso específico de Fortaleza, ou mesmo do interior. A lógica sobre a qual ele diz se apegar é a necessidade da compartilhamento equânime do Poder, notadamente quando envolve partidos aliados, de quem poderá depender uma vitória eleitoral. O gigantismo sonhado pelo PT, desmotiva os pequenos partidos aliados.

EFEITOS IMEDIATOS

 A posição assumida pelo senador Cid Gomes, de que o candidato do Governo à PMF seja de um dos partidos aliados, terminou trazendo um clima de despertar no seio do PT, antes que a ideia do líder sobralense se espraiasse sobre os demais partidos governistas. Como primeiro sinal, a deputada Luizianne (PT), que insistia na tese da prévia interna no partido, ouvindo as ponderações do governador Elmano, decidiu aceitar o processo de indicação feito através de uma ampla reunião do comando do partido.

DEPENDÊNCIA PARA O SENADO

 Além dos problemas a serem superados para a escolha do candidato à Prefeitura da capital, as lideranças do PT reconhecem a existência de um detalhe que exigir o empenho de todo o partido, que é a eleição para uma das vagas do Senado Federal, pela qual o deputado José Guimarães tem-se empenhado com todas as suas forças. Quem acompanha os lances da pré-campanha dele capital o no interior, tem sentido claros sinais de que o deputado, em seu firme propósito de chegar à Câmara Alta, vive dependência de Lula, mas, também de forças como Camilo e Elmano.

ALERTAS DO SERTÃO

 Em relação ao deputado José Guimarães, vem causando algumas preocupações a dirigentes e lideranças do PT, demonstradas através de várias lideranças de partidos aliados da capital e do interior, cujos presidentes e lideranças não escondem suas queixas em relação ao que chamam de fúria e a gana com que ele se atira na luta pela sua ida ao Senado, lançando candidatos contra prefeitos aliados, desrespeitando e “atropelando” os prefeitos da coligação. O alerta é no sentido de que o comando da coligação governista precisa conter essas atitudes do parlamentar petista.

CID E A CÂMARA ALTA

Depois de ser deixado em segundo plano, finalmente, um assunto importante para os partidos aliados, principalmente, o PSB, começa a ser comentado na ALECE e na CMF. Trata-se da segunda vaga do Senado, já em poder do senador Cid, mas que tem de ser reeleito para ter continuidade a sua ótima atuação. Segundo especialistas, o bloco da situação, se tudo correr bem, deve se manter, depois de 2026, com as duas vagas senatoriais que já é ocupa no Senado Federal. Para isso, o senador Cid, com os apoios que tem, poderá continuar na Câmara Alta, ao lado de Guimarães, com a ajuda de Lula.

PRÊMIO PARA O PSB

 Por um dos muitos caprichos da política, o PSB do Ceará terminou por ser favorecido por conta do bafafá que abalou o PDT, mais precisamente co a saída de Cid Gomes daquele partido. A propósito do tema, comenta-se, nos meios socialistas que a reeleição do senador Cid Gomes, a mais importante adesão, seria grande tento para o PSB nacional, que reforçaria sua bancada no Senado Federal, hoje com cinco senadores. Segundo os líderes do PSB-CE, o partido teria um representante de alto nível.

SEM JUSTIFICATIVA

Na visão do deputado Eduardo Bismarck (PDT), não há a mínima justificativa para as crítica feitas pelos adversários bolsonarista do Governo do presidente Lula, por conta da sua medida que antecipa para os meses de abril e maio a liberação das duas parcelas do 13º salário dos aposentados e pensionistas. Para ele, é descabida a afirmação de que essa medida tem caráter eleitoreiro. O que os acusadores esquecem, é que com essa medida, são favorecidos aposentados, pensionistas e comerciantes.

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