Desencontros amenizados
As relações entre as principais
lideranças da coligação governista do Ceará, em Fortaleza ou interior, ou mesmo
no campo nacional, têm mostrado os problemas que podem enfrentar as principais
direções partidárias aliadas. Tem-se destacado o rompimento entre os irmãos Cid
e Ciro Gomes, que repercutiu dentro e fora do Estado, desfazendo as coligações
PDT-PSB em Recife e Fortaleza, prejudicando os João Campos e Sarto Nogueira,
prefeitos dessas capitais.
O caso mais preocupante são divergências entre o senador Cid
Gomes (PSB), com o deputado José Guimarães, tendo como ponto principal a
decisão do PT de lançar candidato próprio à Prefeitura de Fortaleza. Sobre isso, discorda o líder sobralense, ao
reafirmar ser um caso de hegemonia do Partido dos Trabalhadores açambarcar a
presidência da República, o Governo do Estado, e também o comando da capital. Ou seja, quer tudo.
Muitos políticos governistas e observadores mais atentos,
não chegam a ver essa situação como ameaçadora para o grupo governista, a essa
altura bastante consolidada, o que não significa que Cid, Guimarães e outros
permaneçam apegados de forma radical aos seus pontos de vista, com Cid
classificando os objetivos do PT, e Guimarães insistindo em que uma vitória
certa deverá ocorrer com Evandro Leitão eleito para o Paço Municipal. Como se
vê, são desarranjos que a harmonia Camilo-Cid-Elmano conseguiu amainar com
união e harmonia.
CURTO
CIRCUITO
(DES) UNIÃO BRASIL
Em clima de “racha” de amplitude nacional, a União Brasil,
partido do Capitão Wagner, do prefeito Roberto Pessoa e do deputado Felipe Mota,
vive perigosa crise interna, com o deputado cearense Danilo tentando levar ao
Conselho de Ética do partido o deputado Antonio Bivar acusado de provocar
incêndios contra o deputado Antonio Rueda, presidente recém-eleito do partido.
Pelo que suspeitam os que conhecem de perto os principais envolvidos nesse
rolo, a explicação é simples: R$ 750 milhões do Fundo Partidário.
PODER COMPARTILHADO
O senador Cid Gomes se mostre disposto a
insistir no seu ponto de vista quanto a ser contra um candidato do PT, não há
sinais de que ele pretenda, com isso, criar obstáculos para o sucesso do Pleito
de outubro, no caso específico de Fortaleza, ou mesmo do interior. A lógica
sobre a qual ele diz se apegar é a necessidade da compartilhamento equânime do
Poder, notadamente quando envolve partidos aliados, de quem poderá depender uma
vitória eleitoral. O gigantismo sonhado pelo PT, desmotiva os pequenos partidos
aliados.
EFEITOS IMEDIATOS
A posição assumida pelo senador Cid Gomes, de
que o candidato do Governo à PMF seja de um dos partidos aliados, terminou
trazendo um clima de despertar no seio do PT, antes que a ideia do líder
sobralense se espraiasse sobre os demais partidos governistas. Como primeiro
sinal, a deputada Luizianne (PT), que insistia na tese da prévia interna no
partido, ouvindo as ponderações do governador Elmano, decidiu aceitar o
processo de indicação feito através de uma ampla reunião do comando do partido.
DEPENDÊNCIA PARA O SENADO
Além dos problemas a serem superados para a
escolha do candidato à Prefeitura da capital, as lideranças do PT reconhecem a
existência de um detalhe que exigir o empenho de todo o partido, que é a
eleição para uma das vagas do Senado Federal, pela qual o deputado José
Guimarães tem-se empenhado com todas as suas forças. Quem acompanha os lances
da pré-campanha dele capital o no interior, tem sentido claros sinais de que o
deputado, em seu firme propósito de chegar à Câmara Alta, vive dependência de
Lula, mas, também de forças como Camilo e Elmano.
ALERTAS DO SERTÃO
Em relação ao deputado José Guimarães, vem
causando algumas preocupações a dirigentes e lideranças do PT, demonstradas
através de várias lideranças de partidos aliados da capital e do interior,
cujos presidentes e lideranças não escondem suas queixas em relação ao que
chamam de fúria e a gana com que ele se atira na luta pela sua ida ao Senado,
lançando candidatos contra prefeitos aliados, desrespeitando e “atropelando” os
prefeitos da coligação. O alerta é no sentido de que o comando da coligação
governista precisa conter essas atitudes do parlamentar petista.
CID E A CÂMARA ALTA
Depois
de ser deixado em segundo plano, finalmente, um assunto importante para os
partidos aliados, principalmente, o PSB, começa a ser comentado na ALECE e na
CMF. Trata-se da segunda vaga do Senado, já em poder do senador Cid, mas que
tem de ser reeleito para ter continuidade a sua ótima atuação. Segundo
especialistas, o bloco da situação, se tudo correr bem, deve se manter, depois
de 2026, com as duas vagas senatoriais que já é ocupa no Senado Federal. Para
isso, o senador Cid, com os apoios que tem, poderá continuar na Câmara Alta, ao
lado de Guimarães, com a ajuda de Lula.
PRÊMIO PARA O PSB
Por um dos muitos caprichos da política, o PSB
do Ceará terminou por ser favorecido por conta do bafafá que abalou o PDT, mais
precisamente co a saída de Cid Gomes daquele partido. A propósito do tema,
comenta-se, nos meios socialistas que a reeleição do senador Cid Gomes, a mais
importante adesão, seria grande tento para o PSB nacional, que reforçaria sua
bancada no Senado Federal, hoje com cinco senadores. Segundo os líderes do
PSB-CE, o partido teria um representante de alto nível.
SEM JUSTIFICATIVA
Na
visão do deputado Eduardo Bismarck (PDT), não há a mínima justificativa para as
crítica feitas pelos adversários bolsonarista do Governo do presidente Lula,
por conta da sua medida que antecipa para os meses de abril e maio a liberação
das duas parcelas do 13º
salário dos aposentados e pensionistas. Para ele, é descabida a afirmação de
que essa medida tem caráter eleitoreiro. O que os acusadores esquecem, é que
com essa medida, são favorecidos aposentados, pensionistas e comerciantes.
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