O
Brasil, mais uma vez, viveu momentos vergonhosos no momento político. Se os
políticos e a imprensa do mundo inteiro estivaram atentos às manobras que
redundaram nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal do Brasil, disporão de assunto para muitas reportagens e debates
a respeito do que significa praticar a política onde prevalecem as tendências
de mais de 30 partidos, em sua quase totalidade, destituídos de um mínimo de
ideologia ou de doutrina, ética e respeito pelo eleitorado e por toda uma
sociedade. Na hora em que o Congresso mais necessitava de moralidade e
equilíbrio, as duas Casas viraram um balcão de negociatas.
O que tem alimentado a imprensa depois das escabrosas eleições, é a maneira como deputados e partidos se deixaram vender por emendas e cargos no Executivo. Acresça-se a isso um modelo de escolha através de voto secreto, pelo qual ficam escancaradas todas as portas para traições vergonhosas de deputados e de senadores aos próprios partidos pelos quais foram eleitos.
Jornalistas da imprensa estrangeira que cobriam o
pleito, concordavam que ali, o que menos se disputou se discutiu nos duelos
entre os candidatos à presidência do Senado e da Câmara foi os interesses
urgentes de um país assolado por uma pandemia e em crise econômica. A troco de
cargos e ministérios, partidos e parlamentares esqueceram-se da vergonha e agiram
como prostitutas, com o respeito que estas merecem.
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