quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

SEM DOUTRINA E IDEOLOGIA

               

O Brasil, mais uma vez, viveu momentos vergonhosos no momento político. Se os políticos e a imprensa do mundo inteiro estivaram atentos às manobras que redundaram nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil, disporão de assunto para muitas reportagens e debates a respeito do que significa praticar a política onde prevalecem as tendências de mais de 30 partidos, em sua quase totalidade, destituídos de um mínimo de ideologia ou de doutrina, ética e respeito pelo eleitorado e por toda uma sociedade. Na hora em que o Congresso mais necessitava de moralidade e equilíbrio, as duas Casas viraram um balcão de negociatas.

O que tem alimentado a imprensa depois das escabrosas eleições, é a maneira como deputados e partidos se deixaram vender por emendas e cargos no Executivo. Acresça-se a isso um modelo de escolha através de voto secreto, pelo qual ficam escancaradas todas as portas para traições vergonhosas de deputados e de senadores aos próprios partidos pelos quais foram eleitos. 

Jornalistas da imprensa estrangeira que cobriam o pleito, concordavam que ali, o que menos se disputou se discutiu nos duelos entre os candidatos à presidência do Senado e da Câmara foi os interesses urgentes de um país assolado por uma pandemia e em crise econômica. A troco de cargos e ministérios, partidos e parlamentares esqueceram-se da vergonha e agiram como prostitutas, com o respeito que estas merecem.

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