Os resultados do primeiro turno das eleições aqui no Brasil não
surpreenderam já que amplamente previstos pelas várias pesquisas de intenções
de votos que davam como favas contadas a ida de Bolsonaro para o primeiro
turno. A polarização também foi presente entre ele e Fernando Haddad.
Agora, no próximo domingo, voltaremos às urnas para o segundo turno das eleições de 2018, onde escolheremos o mandatário dos destinos do nosso País, entre Bolsonaro e Haddad.
Por que Haddad?
Não é segredo para ninguém que
nessas eleições, Haddad foi e é o representante de Lula nas urnas. Portanto,
fácil explicar os votos dos menos favorecidos dados ao candidato petista,
principalmente, na região Nordeste. Não esqueçamos os programas sociais
implantados por Lula em seus governos, considerados pela Fundação Getulio
Vargas, como “a melhor fase da economia brasileira dos últimos 30 anos”.
Só para refrescar a memoria dos mais esquecidos, entre os
principais programas dos governos Lula, o destaque vai para o “Bolsa Família”,
carro-chefe dos programas e que beneficia famílias em situação de pobreza e de
extrema pobreza. Portanto, o voto em Haddad é um voto de gratidão e esperança
da continuidade desses programas. Por outro lado, a elite brasileira não se
conforma com esse feito petista.
Para refrescar a memória, por outro lado, foi também no governo Lula, em
2009, que teve início a Lava Jato, com a investigação de crimes de lavagem de
recursos relacionados ao ex-deputado federal José Janene, em Londrina, no
Paraná. Caso que também envolvia os doleiros Alberto Yuossef e Carlos Habib
Chater.
Por que Bolsonaro?
É inegável que o Brasil, entrou numa onda de mudanças às avessas, e, num
radicalismo inexplicável, prega, desesperadamente, a volta da
direitona e do conservadorismo como forma de extirpar todos os corruptos e
corruptores filhotes da era petista. São esses os eleitores de Bolsonaro.
A verdade é que desde o início o que se viu foi uma guerra de torcidas,
onde tem predominado o ódio destilado pelos adeptos do “salvador da pátria”,
que, através das redes sociais, faziam e fazem valer aquele velho jargão de
“ame-o ou deixe-o.
Mas, mesmo a ojeriza, mais uma vez, demonstrada pelos sulistas aos seus
irmãos nordestinos, barrou, aqui nessas plagas, a onda
bolsonariana que tomou conta do nosso povo mais “evoluído”.
A verdade é que o povo brasileiro, desencantado com as mazelas, a
corrução e os desmandos que há décadas tomaram conta do país, de há muito
procuram um“Messias”, um “redentor” para redimir à
sociedade, estabelecendo uma nova ordem social, de justiça, de paz e de
liberdade. É por essas e por outras que as classes altas e médias, sem nenhum
pudor, agora mostram sua cara: o conservadorismo que de há muito habitam em
suas tortuosas mentes. E nesse afã, criaram dois polos distintos: De um lado o
“Salvador da Pátria”, Bolsonaro; e de outro, o “cramunhão”, aquele
“diabinho”, Haddad, criado por Lula, este, considerado o responsável por todas
as mazelas em que foi mergulhado o país, de norte a sul, de leste a
oeste. E nesse diapasão, não é exagero afirmar que Haddad é sim,
considerado por esses radicais, o vilão, o “cramunhãozim” criado por Lula para
entre outras, para livrá-lo dos grilhões que o mantém em Curitiba, como se
isso pudesse ser feito assim, em um passe de mágica.
“Nunca antes neste País”, dizem, houve tão grandiosa corrupção,
tão grande depravação, tão ampla violência; Haddad torna-se o grande vilão a
ser abatido por ser o representante de satanás em pessoa, Lula.
Ora, que o PT é um partido, onde a grande maioria de seus filiados é
formada por radicais e fanáticos, disso não temos dúvidas. Agora, culpa-lo de
todas as mazelas sociais é esquecer os acontecimentos do passado, da época dos
marechais, dos generais, do Sarney, do Collor de Mello e do Fernando Henrique
Cardoso. Partindo desse princípio, não se pode culpar o PT por tudo de ruim,
por todos os males sociais que vêm acontecendo ao longo dos anos aqui em nosso
sofrido País.
É inegável o radicalismo do PT. Agora, o que se vê é
uma sanha voraz tomar conta dos defensores de Bolsonaro, que, com o ódio
transbordando em seus corações, se entregam a um xiitismo que faz
medo à mais inocente e desavisada criatura que ouse contestar suas
pregações contra Haddad.
Pelo que se nos apresenta, seja quem for o escolhido no segundo turno,
estamos longe de um salvador da Pátria.
Contra Haddad, entre outras coisas, recaia a pecha de representante de
Lula, da continuidade dos desmandos petistas.
Contra Bolsonaro a fama de um homem que faz repetidas
declarações racistas, machistas, misóginas, homofóbicas, etc, etc ,
etc e tal.
E faltam poucos dias para entregarmos os destinos de nossa Nação a um
desses dois homens. Que Deus tenha pena de nós e ilumine nossas mentes para que
escolhamos o melhor, não para nós mesmos, mas, para o País como um todo.
PS: Só pra lembrar: Vejam o exemplo da Venezuela e votem com
consciência, lembrando que dos males, o menor.