quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Bolsonaro versus Haddad



Os resultados do primeiro turno das eleições aqui no Brasil não surpreenderam já que amplamente previstos pelas várias pesquisas de intenções de votos que davam como favas contadas a ida de Bolsonaro para o primeiro turno. A polarização também foi presente entre ele e Fernando Haddad. 
Agora, no próximo domingo, voltaremos às urnas para o segundo turno das eleições de 2018, onde escolheremos o mandatário dos destinos do nosso País, entre Bolsonaro e Haddad.

Por que Haddad?
 Não é segredo para ninguém que nessas eleições, Haddad foi e é o representante de Lula nas urnas. Portanto, fácil explicar os votos dos menos favorecidos dados ao candidato petista, principalmente, na região Nordeste. Não esqueçamos os programas sociais implantados por Lula em seus governos, considerados pela Fundação Getulio Vargas, como “a melhor fase da economia brasileira dos últimos 30 anos”.
 Só para refrescar a memoria dos mais esquecidos, entre os principais programas dos governos Lula, o destaque vai para o “Bolsa Família”, carro-chefe dos programas e que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. Portanto, o voto em Haddad é um voto de gratidão e esperança da continuidade desses programas. Por outro lado, a elite brasileira não se conforma com esse feito petista.
Para refrescar a memória, por outro lado, foi também no governo Lula, em 2009, que teve início a Lava Jato, com a investigação de crimes de lavagem de recursos relacionados ao ex-deputado federal José Janene, em Londrina, no Paraná. Caso que também envolvia os doleiros Alberto Yuossef e Carlos Habib Chater.

Por que Bolsonaro?
É inegável que o Brasil, entrou numa onda de mudanças às avessas, e, num radicalismo inexplicável, prega, desesperadamente, a  volta da direitona e do conservadorismo como forma de extirpar todos os corruptos e corruptores filhotes da era petista. São esses os eleitores de Bolsonaro.
A verdade é que desde o início o que se viu foi uma guerra de torcidas, onde tem predominado o ódio destilado pelos adeptos do “salvador da pátria”, que, através das redes sociais, faziam e fazem valer aquele velho jargão de “ame-o ou deixe-o.
Mas, mesmo a ojeriza, mais uma vez, demonstrada pelos sulistas aos seus irmãos nordestinos, barrou, aqui nessas plagas, a onda bolsonariana  que tomou conta do nosso povo mais “evoluído”.
A verdade é que o povo brasileiro, desencantado com as mazelas, a corrução e os desmandos que há décadas tomaram conta do país, de há muito procuram  um“Messias”, um  “redentor” para redimir à sociedade, estabelecendo uma nova ordem social, de justiça, de paz e de liberdade. É por essas e por outras que as classes altas e médias, sem nenhum pudor, agora mostram sua cara: o conservadorismo que de há muito habitam em suas tortuosas mentes. E nesse afã, criaram dois polos distintos: De um lado o “Salvador da Pátria”, Bolsonaro;  e de outro, o “cramunhão”, aquele “diabinho”, Haddad, criado por Lula, este, considerado o responsável por todas as mazelas em que foi mergulhado o país, de norte a  sul, de leste a oeste.  E nesse diapasão, não é exagero afirmar que Haddad é sim, considerado por esses radicais, o vilão, o “cramunhãozim” criado por Lula para entre outras, para livrá-lo dos grilhões que o mantém em Curitiba, como se isso  pudesse ser feito assim, em um passe de mágica.
 “Nunca antes neste País”, dizem, houve tão grandiosa corrupção, tão grande depravação, tão ampla violência; Haddad torna-se o grande vilão a ser abatido por ser o representante de satanás em pessoa, Lula.
Ora, que o PT é um partido, onde a grande maioria de seus filiados é formada por radicais e fanáticos, disso não temos dúvidas. Agora, culpa-lo de todas as mazelas sociais é esquecer os acontecimentos do passado, da época dos marechais, dos generais, do Sarney, do Collor de Mello e do Fernando Henrique Cardoso. Partindo desse princípio, não se pode culpar o PT por tudo de ruim, por todos os males sociais que vêm acontecendo ao longo dos anos aqui em nosso sofrido País.
 É inegável o radicalismo do PT.  Agora, o que se vê é uma sanha voraz tomar conta dos defensores de Bolsonaro, que, com o ódio transbordando  em seus corações, se entregam a um xiitismo que faz medo à mais inocente e desavisada criatura que ouse  contestar suas pregações contra Haddad. 
Pelo que se nos apresenta, seja quem for o escolhido no segundo turno, estamos longe de um salvador da Pátria.
Contra Haddad, entre outras coisas, recaia a pecha de representante de Lula, da continuidade dos desmandos petistas.
 Contra Bolsonaro a fama de um homem que faz repetidas declarações  racistas, machistas, misóginas, homofóbicas, etc, etc , etc e tal.

E faltam poucos dias para entregarmos os destinos de nossa Nação a um desses dois homens. Que Deus tenha pena de nós e ilumine nossas mentes para que escolhamos o melhor, não para nós mesmos, mas, para o País como um todo.
PS: Só pra lembrar: Vejam o exemplo da Venezuela e votem com consciência, lembrando que dos males, o menor.

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