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É o primeiro
ajuste nos preços de venda de gasolina pela estatal desde outubro de 2023,
impacto estimado no preço final é de R$ 0,15 por litro.
A Petrobras
anunciou ontem (08), aumento nos preços da gasolina e do gás de botijão, em
resposta à alta das cotações internacionais do petróleo e à desvalorização
cambial. Os reajustes entram em vigor a partir de hoje (09/07). O preço médio
da gasolina nas refinarias da estatal subirá R$ 0,20 por litro, para R$ 3,01
por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro no
produto vendido nos postos, o impacto esperado no preço final é de R$ 0,15 por
litro.
A falta de
reajustes já vinha sendo questionada pelos importadores e por refinadores
privados brasileiros, que reclamam de concorrência desleal com preços abaixo do
mercado. Na abertura do mercado desta segunda, por exemplo, o preço médio da
gasolina nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,59 por litro abaixo da
defasagem medida pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis
(Abicom).
É o primeiro
ajuste nos preços de venda de gasolina pela estatal desde outubro de 2023. A
empresa vinha operando com elevada defasagem nas últimas semanas, diante do
aumento das cotações internacionais do petróleo e da desvalorização do real
frente ao dólar. A Petrobras defende que sua estratégia comercial, implantada
em maio de 2023 para cumprir promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) de “abrasileirar” os preços, evita repasses de volatilidades no mercado
internacional para os preços internos dos combustíveis no país.
Segundo
comunicado distribuído pela Petrobras nesta segunda, o preço do GLP (gás liquefeito
de petróleo, o gás de botijão) subirá R$ 3,10 por botijão de 13 quilos. É o
primeiro reajuste do produto desde julho de 2023. O reajuste joga mais pressão
sobre as expectativas de aumento da inflação brasileira, que mais uma vez
apresentaram tendência de alta entre os economistas ouvidos pelo Boletim Focus:
pela nona semana seguida, a projeção do IPCA de 2024 foi elevada.
Na avaliação
do especialista em economia, Helder Cavalcante, o anúncio reflete diretamente
os desafios enfrentados pela empresa diante da volatilidade do mercado
internacional de petróleo e das oscilações cambiais. “A decisão é uma resposta
direta aos recentes aumentos nas cotações internacionais do petróleo, que
impactam diretamente os custos de produção e importação dos derivados no
Brasil. A alta dos preços internacionais do petróleo tem sido impulsionada por
uma série de fatores, incluindo a recuperação da demanda global por energia
após a pandemia, restrições na produção por parte dos países membros da OPEP+ e
incertezas geopolíticas em regiões produtoras importantes. Ao mesmo tempo, a
desvalorização do real frente ao dólar também tem contribuído para elevar os
custos de importação, uma vez que grande parte do petróleo e seus derivados são
negociados internacionalmente em dólares”, disse.
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