Os cearenses menos favorecidos, distribuídos pelos 184
municípios, além da fatalidade, até hoje combatida, mas nunca vencida, das
secas, sofrem também da pobreza e falta da Justiça a que têm o direito
constitucional. Trata-se de tema sempre trazido à tona por quem conhece mais do
que ninguém o doloroso problema, ou seja, a advogada Mariana Lobo, que comanda com
firmeza reconhecida a Defensoria Pública do Ceará. Os números por ela exibidos
dispensam maiores comentários.
Para
uma população de 10 milhões de habitantes, apenas 45 dos municípios dispõe de
Defensoria Pública, com apenas 25% da sociedade menos assistida tendo acesso à
assistência judiciária gratuita. Isso, mesmo depois de batalha permanente travada
há anos por Mariana Lobo, pela ampliação da presença da Defensoria para todos
os municípios, com destaque para os mais necessitados. A verdade é que, com o
déficit de defensores públicos aumenta a multidão de presos sem cobertura
Nesse sentido, torna-se questão “sina qua non”
a autonomia administrativa e financeira da importante instituição. Sem isso, é
dificultada, não só a realização de novos concursos, como também a chamada de
concursados, como agora ocorre, quando a Procuradora-Geral avisa que irá
pressionar todos os deputados por recursos para a nomeação de 30 remanescentes
do último concurso. Sem defensores, só aumenta a população carcerária, com
milhares de presos por pequenos crimes, mas sem defesa.
CURTO CIRCUITO
INIMIGOS DO ESPORTE
Lideranças partidárias do
Ceará ligadas aos esportes, como os deputados Gony Arruda (PP) e Evandro Leitão
(PDT), preparam mobilização contra trama entre a Rede Globo e a CBF, para a redução
ao mínimo dos campeonatos regionais de futebol, o que poderia ser o fim de
muitos times Nordeste. À “Venus Platinada” só interessam grandes jogos, de
equipes já consagradas. Trocando em miúdos, times pequenos irão à falência e o
esporte deixará de render e de oferecer trabalho para profissionais.
CIRO
E SUAS RAZÕES
Enquanto muita gente diz que o
ex-ministro, ex-deputado, ex-governador e ex-deputado federal e estadual Ciro Gomes
não foi exatamente um parlamentar tão aplicado, ele recebeu, no dia 21, nada
menos do que a Medalha do Mérito Parlamentar. Ciro tem lá suas razões, para não
ter se “matado” por uma Câmara de composição tão chegada a malandragens
políticas. Deve ser mesmo altamente desmotivador um político do porte e cultura
de Ciro, um ambiente assim.
NÃO
PEGA BEM
Um dos espetáculos mais deprimentes que a sociedade
cearense tem presenciado nas últimas décadas, vem sendo o desenrolar da
campanha eleitoral para a nova Diretoria da OAB-CE. No pior estilo de campanhas
político-eleitorais, candidatos se empenham em batalhas acirradas, em que
ameaças de investigações de má aplicação de recursos dos profissionais superam
e abafam as tentativas de apresentação de projetos para melhorar as condições
de milhares de advogados.
COISA
FEIA
A imprensa destaca e a tribuna da Assembléia Legislativa serve de palco para
o mais recente “quebra-pau” político, dessa vez, entre o prefeito de Fortaleza,
Roberto Cláudio, e o senador Eunício Oliveira, presidente do Senado. Enquanto a
Prefeitura de Fortaleza se queixa de que Eunício deixou propositadamente de
pautar um volumoso empréstimo internacional para a cidade, o próprio e o seu
deputado Danniel Oliveira esbravejam afirmando que a matéria jamais chegou à
Câmara Alta. Nessa, acredite se quiser.
UM
NOVO CENTRO?
Segundo afirma a Secretaria do Centro e sua equipe, estão quase prontos os
melhoramentos destinados a dar nova Cida ao coração da cidade. São novos
calçadões e quiosques padronizados para camelôs e ambulantes. O temor é que muitos
destes, indisciplinados e mal acostumados venham a rejeitar estes benefícios,
que tornariam aquela região da capital novamente atrativa para os turistas,
como ocorre nas metrópoles onde o centro é um dos pontos mais respeitados.
QUE
PENA!
Infelizmente, a equipe do governo do presidente eleito
Jair Bolsonaro deixará de contar com a participação de uma das mulheres mais
brilhantes do país, ou seja, a competente empresária Viviane Senna, irmã do
grande piloto Ayrton Senna e presidente da grande Fundação que leva o nome
dele. Embora depois de vir oferecendo excelentes sugestões ao presidente, ela
rejeitou assumir o Ministério da Educação. A Fundação sob a sua gestão é responsável
pela Educação de mais de 500 mil adolescentes.
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