segunda-feira, 29 de novembro de 2021

PRETO NO BRANCO - Coluna da semana

 

                            UM BARCO Á DERIVA

         O Brasil vive hoje a sua mais grave crise de identidade, com um sistema partidário acéfalo e sem conteúdo, além de um governo à deriva. A observação é do respeitado jornal francês Le Monde. A História das Repúblicas do Ocidente, hoje conduzidas por governantes respeitados tem um marca imutável: os governantes têm como marca a firmeza e a fidelidade com que adotaram os partidos políticos a que pertencem. Nas grandes potências, não se troca de partido. No Brasil de hoje, além de rarearem partidos concretos abundam oportunistas que trocam de partido como quem troca de cuecas. No caso do presidente Jair Bolsonaro, a situação é ainda mais atípica.

O fato é que temos um presidente sem partido, ou melhor, jamais teve partido. Para completar a comédia, ele tentou fundar, sem êxito o seu próprio partido. O seu alvo mais recente é o Partido Liberal, que tem crescido bastante, mas que tem como “dono” Waldemar Costa, um dos políticos mais sujos do país.  O problema é que ele tentou se apossar e mexer em toda a estrutura da sigla, e até defenestrar o  dono do PL, Waldemar. No Ceará, a se confirmar o seu ingresso no PL, Bolsonaro terá que defenestrar o prefeito de Euzébio, Acilon Gonçalves, responsável pelo crescimento do partido em Fortaleza e Região Metropolitana, e aliado do Governo do Estado e do prefeito José Sarto.

É preciso lembrar que, no nosso estado, o destemperado Roberto Jefferson, que conduz o falido PTB, tirou de José Arnon o comando dessa sigla, em estado falimentar. Estamos, assim, diante de uma das situações mais preocupantes da nossa História, ante uma desorganização político-partidária, agravada por um governante totalmente despreparado até para gerir um município. Um país do nosso porte não pode permanecer nessa situação. Quando mais precisamos de segurança e equilíbrio no Poder, mais navegamos num barco ameaçado de ficar a deriva, se não houver drástica mudança de comando da Nação. Bolsonaro perdeu o prumo, o rumo e o leme.

                                   CURTO CIRCUITO

LIRA, O DESAFORADO

 O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira, e que chegou a essa posição graças a jogadas rasteiras do seu aliado, presidente Bolsonaro, começa a seguir os maus exemplos do chefe, principalmente, em relação ao STF. Despeitado com a ministra Rosa Weber, que “cortou o barato” da indecência do Orçamento Secreto, resolveu mostrar as garras, ao afirmar que em nome do STF, ele está legislando, e que só o Congresso Nacional pode legislar.

PRÉVIA I

Aconteceu, finalmente, a prosaica prévia do PSDB para a escolha do seu candidato ao Palácio do Planalto. Aconteceu um ato que substituiu uma convenção partidária, que faz parte de todos os partidos democráticos. Mas, esse partido, além de desunido e desfigurado em todos os estados, optou por um processo que em nada contribuiu para a sua reformulação e fortalecimento.

PRÉVIA II

Contados os votos, ganhou João Dória que, apesar de liderar o maior colégio eleitoral do país, caminha para uma derrota inevitável, até porque, em vez de unificado, o PMDB vai entrar na corrida presidencial perdendo algumas de suas maiores lideranças, como Geraldo Alckmin.

A ASSEMBLEIA E O POVO

O deputado Evandro Leitão, presidente da AL-CE, ao se referir à Assembleia Itinerante, na cidade de São Benedito, na Ibiapaba,  afirmou que esses eventos deverão ser cada vez mais realizados no interior. Depois das recentes sessões itinerantes, Leitão confirma para a imprensa política que uma das heranças a serem deixadas para a futura legislatura da AL  será a realização de mais sessões itinerantes.

AL VERSUS POVO

Na visão de Evandro Leitão a Assembleia Itinerante  é o procedimento mais correto para levar o Legislativo a conhecer de perto todas as necessidades e demandas de uma sociedade, que nem sempre está perto das ações daquele poder.

PRESENÇAS OBJETIVAS

 O presidente Jair Bolsonaro poderá ter conseguido muito pouco dos estados árabes como Dubai e Emirados Árabes, mesmo que tenha levado consigo a maior caravana da história dos presidentes do Brasil. Mas, o mais importante para o Ceará do que a gigantesca caravana foi a participação do presidente e do vice-presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante e Beto Studart, que objetivamente e com conhecimento de causa buscam contatos em empresas que possam se instalar no nosso estado. Conhecedores profundos das potencialidades do estado do Ceará, os dois conseguiram importantes contatos com empresários importantes do mundo árabe. 

EXPOSTOS ÀS SECAS

 Vai repercutir, inclusive entre representantes da bancada federal e da Assembleia Legislativa balanço mostrado pelo IBGE, mostrando que apenas 54 dos 184 municípios do Ceará (30%) têm algum plano contra os efeitos e consequências das secas. E isso é estranho, principalmente, porque 90% dos deputados federais e estaduais são originários do interior. Tal situação, que deveria ter sido abordada na Sessão Plenária Itinerante da Assembleia Legislativa na Ibiapaba, o que não ocorreu. O tema, segundo afirma o deputado Antonio Granja (PDT) terá que ser trazido ao Plenário, em nome de 127 municípios, todos ameaçados pela possibilidade de estiagem.          

ZPE – MARCA DO CRESCIMENTO

 Para o empresário Beto Studart, ex-presidente e atualmente vice-presidente da FIEC, a inauguração do Setor 2 da ZPE do Pecém, é motivo de comemoração para os que trabalham e quem acredita no desenvolvimento do Ceará. Aquela área de 1.991 hectares deverá acomodar centenas de grandes, médias e pequenas indústrias, passando a ser a maior concentração industrial do país. Para Beto Studart, o governador Camilo, com o apoio das instituições produtivas está conseguindo colocar o nosso estado no pódio dos estados produtivos. Prova disso é o crescimento do número de países e de grandes empresas internacionais que ali se instalarão.

                 UMAS & OUTRAS   

BOM CANDIDATO

 Por ocasião de participação no IV Fórum Jurídico de Lisboa, o senador Rodrigo Pacheco exibiu um discurso segundo a imprensa europeia, de candidato a presidente do Brasil. Para ele, o Brasil se encontra carente de estabilidade política institucional, e sem isso, haverá estabilidade social, maior demanda nacional.

PRODUÇÕES PREJUDICADAS

Conforme levantamentos feitos por analistas e observadores políticos, as sessões híbridas da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal de Fortaleza estão servindo para mostrar um problema prejudicial àquelas Casas e à população. Trata-se da maneira como muitos deputados e vereadores, além de produzirem menos, deixam de participar, preocupados com o próximo pleito.

BOA AJUDA

 Associações e outras entidades ligadas aos profissionais do volante aplaudem PL do deputado José Guimarães (PT), vice-líder da minoria na Câmara, propondo a utilização de recursos de multas, para financiar a liberação da Carteira Nacional de Habilitação para milhares de cidadãos de baixa renda privados da sua profissão.

ENTRE OS GRANDES

 Segundo observa o jornalista e humorista gaúcho Luís Fernando Veríssimo, o presidente Jair Bolsonaro já pode ser comparado pelo menos a dois importantes e odiosos personagens, ou seja, Josef Stalin, da Rússia e Adolf Hitler, da Alemanha, os dois maiores mentirosos do século XX. Ele fica como o maior do século XXI.

VAMOS ACREDITAR

 Num país marcado por uma crise gerada por uma pandemia, e que mergulha em crise financeira, qualquer boa notícia será bem-vinda. Exemplo é o presidente do BC Roberto Campos prever que a inflação começará a cair logo no primeiro quadrimestre de 2022. Ou seja, ainda teremos alguns meses para apertar o cinto.

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