Depois de a CPI da Pandemia tentar
durante 70 dias, encurralar os responsáveis pelas falhas na batalha contra a
pandemia de Covid-19, terminou ficando a impressão de que teremos mais um
episódio em que os acusados são culpados, os crimes existiram, mas, no final,
talvez dezenas de indiciados terminem nem sendo punidos, porque, como a CPI não
tem essa força, mas sim órgãos, como a Procuradoria Geral da República, STJ,
Ministério Público Federal e STF. O resultado positivo dessa luta foi
enriquecer o já gordo catatau de 150 pedidos de “impeachment” do presidente
Jair Bolsonaro.
Quem acompanhou o voto dos
senadores minoritários na CPI, que, para eles deveria abranger governadores e
prefeitos que cometeram fraudes com os recursos da luta contra a COVID-19, ela foi
politizada para tornar o presidente o maior criminoso culpado pela morte de
mais de 600 mil pessoas. Entretanto, como reconheceu o próprio
senador Eduardo Girão (Podemos), Bolsonaro foi, sim, insensível, não tomando a
tempo as providências que a pandemia galopante exigia. Mas, a choradeira
indignada dos senadores defensores de Bolsonaro foi de cortar coração, como se
ele fosse o mais contrito inocente.
De qualquer forma, se vai dar em alguma
coisa só o tempo dirá. Afinal de contas, os riscos de "impeachment"
são inegáveis. Mas, não custa lembrar que no gabinete do presidente
da Câmara, Arthur Lira, já deve ter uma gaveta abarrotada de pedidos nesse
sentido. Não será nenhuma surpresa se as coisas continuarem como estão, ou
seja, será mais uma CPI que não dará em absolutamente nada.
E
assim, chega ao fim mais uma CPI. Pena que como as tantas outras oriundas do
Congresso Nacional, seja mais uma que vai terminar em pizza. Afinal de contas,
a analise de crimes imputados ao presidente da República, no caso, Jair
Bolsonaro, é da alçada do procurador-geral da República, Augusto Aras. Precisa
dizer mais alguma coisa?
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