O grupo
rebelde do PT do Ceará insiste em sabotar a aliança com o PDT, o que, para os
analistas, representaria uma séria ameaça a uma candidatura do governador
Camilo Santana, a figura maior do PT no Ceará e no Nordeste. A situação termina
criando um clima de entrechoque entre líderes como José Guimarães, Nelson
Martins e outros, de um lado, contra a turma da deputada Luizianne Lins, que
parece não estar nem aí para a situação do PT, cujo prestígio só é sustentado
pelo sonho de ter Lula presidente. Só que o ex-torneiro mecânico é defendido
por gente de vários partidos, sendo o PT apenas um deles.
A
continuidade da coligação que deu certo é hoje tida como a saída para que a
administração do estado do Ceará não venha a sofrer solução de continuidade. O
PT, sozinho, não elege governador nem senador.
A
despeito da persistência de muitos petistas e pedetistas para a continuidade da
união PDT-PT, estes reconhecem e se preocupam com os problemas criados em
consequência da briga particular entre o ex-ministro Ciro Gomes e o
ex-presidente Lula. Isso porque, conforme se conhece muito bem o temperamento
de Ciro, a sua tendência é ampliar as críticas a Lula, em quem afirma ter
perdido a fé como chefe da Nação.
Desse
modo, a solução mais lógica e mais razoável seria conduzir o processo
sucessório do Ceará deixando à margem essa pendenga pessoal entre os dois
presidenciáveis. Para lideranças importantes do PT e do PDT e aliados, manter
essa aliança isolada do confronto Ciro versus Lula não prejudicaria nenhum dos
dois partidos, nem os demais partidos da coligação governista.
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