Enquanto o Capitão Wagner parte na frente rumo à sucessão municipal em Fortaleza, o PDT, embora tenha uma leva de bons candidatos, continua indeciso sobre quem escolher para a disputa que promete ser das mais acirradas do estado do Ceará.
Em política, indecisões podem causar perdas, às vezes difíceis de recuperar. Com uma pré-campanha bem articulada, e tendo como esteio uma aliança puxada pelo Pros, e composta por oito partidos: PSC, Podemos, PTC, Avante, OMN e DC, o deputado Capitão Wagner teve lançada sua candidatura à Prefeitura de Fortaleza.
Como
não conseguiu um vice do PSDB ou do MDB, como tentou, o Capitão cearense terá
como sua vice na chapa, a advogada Kamila Cardoso. Segundo os seguidores e
apoiadores do Capitão, ele só não terá um ótimo plano de governo se não quiser,
já que tem ao seu lado políticos da experiência e a respeitabilidade do
ex-governador Lúcio Alcântara, que poderá evitar que a campanha dele seja
monoprogramática, monotemática e monotônica sobre segurança.
Pecando
pela indecisão
Já o bloco governista, a despeito de ter
conseguido reunir um volumoso bloco partidário composto por cerca de 25 siglas,
tem pecado por conta das indecisões sobre
o nome ou à chapa que deverá apresentar.
A
tática de reunir e mostrar ao eleitorado um quinteto de pré-candidatos, todos
de boa qualidade e bastante competência, só tem servido para dividir as
preferências do eleitorado. Por conta disso, depois de optar por um dos nomes,
a coligação terá que investir pesado na sua campanha, sabendo-se que terá de
enfrentar um Capitão Wagner com bastante terreno já avançado, sem se falar nos
demais nomes, como da ex-prefeita Luizianne, assim como os deputados Renato
Roseno (PSOL) e Heitor Férrer (Solidariedade), donos de influentes discursos e
conhecimento junto à população.
Sem
rumo
Está
causando admiração ao eleitorado e à sociedade como um todo, a maneira como
partidos do porte do PSDB, MDB e DEM se encontram até agora sem rumo em relação
à sucessão do prefeito Roberto Cláudio. Depois dos últimos acontecimentos onde Carlos Matos não conseguindo superar os 1% nas
pesquisas, o PSDB não terá outra saída a não ser desembarcar na candidatura que
for lançada pelo PDT. O mesmo deverá ocorrer com o DEM, o mais fiel aliado do partido
tucano, que deverá segui-lo na vitória ou na derrota, e sem candidatos
próprios.
Segundo
observadores e analistas, pela primeira vez na história desses partidos,
principalmente, o PSDB e o MDB, que são os mais antigos, terão que se contentar
em apoiar quem está no poder, e sem direito até mesmo de indicar um dos seus
nomes para vice-prefeito. Muito pouco para quem já governou o país e o Estado.
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