IMITEMOS O QUE CERTO
Há duas semanas, na Europa, e com bastante repercussão pelo
menos nos países do Ocidente, o acontecimento político mais em destaque foi uma
consulta popular, em que o eleitorado italiano aprovou, e por grande maioria, uma
redução imediata, em torno de 30%, da quantidade de deputados e de senadores
naquela nação ibérica. Entretanto, o mais interessante no episódio, é que a
principal argumentação para essa posição assumida pelos italianos, não foi a
quantidade de membros do poder legislativo, mas sim, a oportunidade para aquele
país reduzir os seus gastos públicos.
Ante
a crescente necessidade de economizar recursos em consequência dos efeitos
negativos causados pela pandemia do novo coronavírus e pela crise geral na
economia da Europa a saída é justificável. Sendo assim, da Câmara Federal, terá
seus 600 deputados reduzidos para 400, e o Senado perderá 100 dos seus 300
senadores. Os italianos acolhem, assim, medida que poderia ser imitada no Brasil.
Tentativas nesse sentido foram feitas no nosso país, mas, sem nenhum progresso,
principalmente, por motivo bem conhecido: aos políticos não interessa o quanto
custa cada parlamentar no nosso país.
Vem por aí a aguardada reforma administrativa,
e as lideranças políticas mais corretas entendem que esta seria a hora de
reduzirmos o tamanho dos nossos parlamentos, enquanto lutam para que todos
tenham consciência de que temos, em nosso país o poder legislativo mais caro do
ocidente. Não esquecendo, é claro, que muitos deputados e senadores, antes
pobres, terminam se tornando ricos, graças aos penduricalhos, que são as
vantagens a que têm direito. Se imitássemos os italianos, teríamos a chance de
economizar dinheiro com que salvar milhões de pequenas empresas e milhões de
empregos consumidos pelo COVID-19.
CURTO – CIRCUITO
DESUMANIDADE!
Semana passada, o deputado Renato Roseno
(PSOL), chamou à atenção para uma ação do presidente Jair Bolsonaro que só se
justificaria se partisse de uma pessoa desequilibrada, e não de um chefe da Nação.
Refiro-me ao desastroso Decreto determinando a divisão de estudantes de qualquer nível escolar, onde os alunos
deficientes terão que estudar em escolas especiais e os demais em
estabelecimentos de ensino normais. Essa, segundo comentam todos os que tomaram
conhecimento do Decreto, é uma maneira extrema e inconveniente de se tratar os
deficientes de forma humilhante, discriminatória, segregadora e desumana.
TRATADO
A COICE
Quem acompanhou a campanha presidencial no
estado do Ceará em 2018, deve ter testemunhado que, num estado governado por um
gestor petista e onde Bolsonaro sofreria uma das suas derrotas mais
acachapantes no pleito nos estados do Nordeste, o hoje deputado Heitor Freire
(PSL) foi um dos únicos a arregaçar as mangas, pedindo votos para ele. Agora,
por um equívoco de algum apoiador de Heitor foi atribuído o apoio do presidente
a ele, quando ambos se acham rompidos. Em sinal de “agradecimento” pelos votos
conseguidos, Bolsonaro, no seu melhor
estilo, chamou Heitor de “cara de pau”.
CHUVA
QUE COMEÇA
Não se trata de nenhuma precipitação
pluviométrica, mas sim, de uma avalanche de denúncias de propagandas eleitorais
irregulares em nossa Capital, mas de forma crescente no interior. A informação
é da Justiça Eleitoral, que, por conta disso aumenta as suas advertências a
dirigentes partidários, candidatos e coordenadores de campanhas: por enquanto,
eles serão apenas advertidos, para, em seguida serem multados de acordo com a
Lei. Reincidência, resultará em
impugnação de candidatura.
INCÔMODO
Um dos temas mais
debatidos em relação ao pleito de novembro, é a situação do governador Camilo
Santana que, sendo do PT lutou por uma aliança PT-PDT para a Prefeitura de
Fortaleza. Entretanto, esbarrou na
teimosia de Luizianne Lins, que não abriu mão de sua candidatura.
DOIS
PESOS...
Mesmo que Camilo, “de
coração” e responsabilidade, apoie o candidato Sarto, do PDT, poderá ser
acusado de infidelidade. Só que em Russas, nem aí para essa tal infidelidade, o
deputado Fernando Santana, do PT, apoia publica e amplamente o candidato Sávio
Gurgel, do PDT, mesmo o PT tendo ali candidato, e sem ligar para o berreiro dos
petistas da cidade. E agora, Camilo?
CADÊ
A PAZ POLÍTICA?
Desde que existem eleições, notadamente no
interior, seja de qualquer estado, sabe-se que é uma raridade que elas ocorram
em completa paz. Agora mesmo, quando 90% dos municípios cearenses são dirigidos
por aliados do Governo do Estado, e quando se julgava que devido aos horrores
da pandemia a paz política viesse a reinar em todo o estado, ocorre o
contrário. Por conta disso, só de uma vez o TRE já decidiu pela ida de Forças
Federais para dez municípios, desde a grande Caucaia, a pequena Itaitinga.
UMAS
& OUTRAS
OBSERVADORES
I
Uma das mais recentes informações oriundas do
TSE é sobre a vinda de representantes da Organização dos Estados Americanos – OEA,
na condição de observadores do pleito municipal no nosso país. Trata-se da
primeira vez em que isso ocorre desde que foi fundada aquela instituição.
OBSERVADORES
II
Sobre o assunto, o
venenoso jornalista Reynaldo Azevedo, já vai antecipando que esses observadores
vão aprender muito, no que diz respeito à maneira como se faz política eleitoral
no Brasil, quando cada eleição é um festival de baixarias, tramoias e traições
que sempre se repetem.
ALVO
Os primeiros movimentos
da campanha pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, já se nota que, de forma quase
explícita, tanto a deputada Luizianne Lins (PT), quanto o Capitão Wagner (Pros)
têm um objetivo claro, embora sejam de
coligações adversas ter como alvo o ex-governador Ciro Gomes.
OBJETIVO
A tentativa de Luizianne
e do Capitão é de derrotar e desmoralizar o ex-ministro Ciro Gomes,
pré-candidato à presidência da República. Ciro, além de pré-candidato,
representa a grande chance de o estado do Ceará ter um filho presidente da
República eleito pelo voto popular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário