segunda-feira, 12 de outubro de 2020

PRETO NO BRANCO - Coluna da Semana

 

                            IMITEMOS O QUE  CERTO

         Há duas semanas, na Europa, e com bastante repercussão pelo menos nos países do Ocidente, o acontecimento político mais em destaque foi uma consulta popular, em que o eleitorado italiano aprovou, e por grande maioria, uma redução imediata, em torno de 30%, da quantidade de deputados e de senadores naquela nação ibérica. Entretanto, o mais interessante no episódio, é que a principal argumentação para essa posição assumida pelos italianos, não foi a quantidade de membros do poder legislativo, mas sim, a oportunidade para aquele país reduzir os seus gastos públicos.

Ante a crescente necessidade de economizar recursos em consequência dos efeitos negativos causados pela pandemia do novo coronavírus e pela crise geral na economia da Europa a saída é justificável. Sendo assim, da Câmara Federal, terá seus 600 deputados reduzidos para 400, e o Senado perderá 100 dos seus 300 senadores. Os italianos acolhem, assim, medida que poderia ser imitada no Brasil. Tentativas nesse sentido foram feitas no nosso país, mas, sem nenhum progresso, principalmente, por motivo bem conhecido: aos políticos não interessa o quanto custa cada parlamentar no nosso país.

 Vem por aí a aguardada reforma administrativa, e as lideranças políticas mais corretas entendem que esta seria a hora de reduzirmos o tamanho dos nossos parlamentos, enquanto lutam para que todos tenham consciência de que temos, em nosso país o poder legislativo mais caro do ocidente. Não esquecendo, é claro, que muitos deputados e senadores, antes pobres, terminam se tornando ricos, graças aos penduricalhos, que são as vantagens a que têm direito. Se imitássemos os italianos, teríamos a chance de economizar dinheiro com que salvar milhões de pequenas empresas e milhões de empregos consumidos pelo COVID-19.

CURTO – CIRCUITO

DESUMANIDADE!

 Semana passada, o deputado Renato Roseno (PSOL), chamou à atenção para uma ação do presidente Jair Bolsonaro que só se justificaria se partisse de uma pessoa desequilibrada, e não de um chefe da Nação. Refiro-me ao desastroso Decreto determinando a divisão de estudantes  de qualquer nível escolar, onde os alunos deficientes terão que estudar em escolas especiais e os demais em estabelecimentos de ensino normais. Essa, segundo comentam todos os que tomaram conhecimento do Decreto, é uma maneira extrema e inconveniente de se tratar os deficientes de forma humilhante, discriminatória, segregadora e desumana.

TRATADO A COICE

 Quem acompanhou a campanha presidencial no estado do Ceará em 2018, deve ter testemunhado que, num estado governado por um gestor petista e onde Bolsonaro sofreria uma das suas derrotas mais acachapantes no pleito nos estados do Nordeste, o hoje deputado Heitor Freire (PSL) foi um dos únicos a arregaçar as mangas, pedindo votos para ele. Agora, por um equívoco de algum apoiador de Heitor foi atribuído o apoio do presidente a ele, quando ambos se acham rompidos. Em sinal de “agradecimento” pelos votos conseguidos, Bolsonaro,  no seu melhor estilo, chamou Heitor de “cara de pau”.

CHUVA QUE COMEÇA

 Não se trata de nenhuma precipitação pluviométrica, mas sim, de uma avalanche de denúncias de propagandas eleitorais irregulares em nossa Capital, mas de forma crescente no interior. A informação é da Justiça Eleitoral, que, por conta disso aumenta as suas advertências a dirigentes partidários, candidatos e coordenadores de campanhas: por enquanto, eles serão apenas advertidos, para, em seguida serem multados de acordo com a Lei. Reincidência,  resultará em impugnação de candidatura.

INCÔMODO

Um dos temas mais debatidos em relação ao pleito de novembro, é a situação do governador Camilo Santana que, sendo do PT lutou por uma aliança PT-PDT para a Prefeitura de Fortaleza.  Entretanto, esbarrou na teimosia de Luizianne Lins, que não abriu mão de sua candidatura.

DOIS PESOS...

Mesmo que Camilo, “de coração” e responsabilidade, apoie o candidato Sarto, do PDT, poderá ser acusado de infidelidade. Só que em Russas, nem aí para essa tal infidelidade, o deputado Fernando Santana, do PT, apoia publica e amplamente o candidato Sávio Gurgel, do PDT, mesmo o PT tendo ali candidato, e sem ligar para o berreiro dos petistas da cidade. E agora, Camilo?

CADÊ A PAZ POLÍTICA?

 Desde que existem eleições, notadamente no interior, seja de qualquer estado, sabe-se que é uma raridade que elas ocorram em completa paz. Agora mesmo, quando 90% dos municípios cearenses são dirigidos por aliados do Governo do Estado, e quando se julgava que devido aos horrores da pandemia a paz política viesse a reinar em todo o estado, ocorre o contrário. Por conta disso, só de uma vez o TRE já decidiu pela ida de Forças Federais para dez municípios, desde a grande Caucaia, a pequena Itaitinga.

                            UMAS & OUTRAS

 

OBSERVADORES I

 Uma das mais recentes informações oriundas do TSE é sobre a vinda de representantes da Organização dos Estados Americanos – OEA, na condição de observadores do pleito municipal no nosso país. Trata-se da primeira vez em que isso ocorre desde que foi fundada aquela instituição.

OBSERVADORES II

Sobre o assunto, o venenoso jornalista Reynaldo Azevedo, já vai antecipando que esses observadores vão aprender muito, no que diz respeito à maneira como se faz política eleitoral no Brasil, quando cada eleição é um festival de baixarias, tramoias e traições que sempre se repetem.

ALVO

Os primeiros movimentos da campanha pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, já se nota que, de forma quase explícita, tanto a deputada Luizianne Lins (PT), quanto o Capitão Wagner (Pros) têm um objetivo claro, embora  sejam de coligações adversas ter como alvo o ex-governador Ciro Gomes.

OBJETIVO

A tentativa de Luizianne e do Capitão é de derrotar e desmoralizar o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato à presidência da República. Ciro, além de pré-candidato, representa a grande chance de o estado do Ceará ter um filho presidente da República eleito pelo voto popular.


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