GANÂNCIA E IRRESPONSABILIDADE
Desde que eleição é eleição, batalhar pelo poder, seja
municipal, estadual ou federal se constituiu sempre um direito inalienável para
qualquer cidadão no gozo total dos seus direitos civis. Com isso, os pleitos
eleitorais só se tornaram proibitivos por ocasião de regimes extremistas,
ditatoriais, sejam de regimes comunistas ou democratas. Em todos os casos em
que ocorreram eleições normais, o maior interesse das autoridades, pelo menos
em tese, era que estas se constituíssem em atos nos quais fossem vencedores
aqueles que mais méritos tivessem para isso. O que não tem evitado grandes
injustiças.
Quando se fala em injustiças eleitorais, quer-se referir a
pleitos em que nem sempre vencem os melhores, o que, na verdade, é problema da
inteira alçada daqueles que lançam candidatos, ou daqueles que votam. A
ganância pelo poder é também fator característico do comportamento dos que
sonham com qualquer tipo de governo. Há, entretanto, casos em que as eleições
deixam de ser um direito para os seus praticantes, e um deles é a situação de
violência, em que adversários se agridem e até se matam como se fossem animais
selvagens. Cabe nesses casos às autoridades usarem de sua força legal para
impedir tais climas.
No pleito deste ano, se não há tanta violência como no
passado, surge outro fator, mais grave do que a violência, ou seja, a pandemia
do coronavírus, que atacou a todos os países. Tratemos, entretanto, do caso no
nosso estado do Ceará, onde a COVID-19 ainda nem entrou em sua fase de
declínio, mas, mesmo assim, políticos, sem ligarem para os riscos contra as
vidas de milhões de cearenses, envolvem-se em campanhas desenfreadas, ignorando
as normas ditadas pelas autoridades do Estado e da Justiça Eleitoral. Se as
autoridades não detiverem essa irresponsabilidade, que São José, nosso
Padroeiro, interceda por nós. Amem!
CURTO
CIRCUITO
PERDIDO
Os mais recentes atos,
declarações e reações do Ministro da Economia, Paulo Guedes, têm dado mostras
claras de que o responsável pelas nossas finanças anda meio perdido. Não se
sabe se por conta das idas e vindas do seu “chefe” maior Jair Bolsonaro. O fato
é que o atual espinho da garganta de Guedes está sendo a busca por recursos
para municiar o projeto Renda Cidadã, para o qual já foram inventadas várias
saídas, que não funcionaram.
SOB
PRESSÃO
Agora Guedes, pressionado
por jornalistas sobre os recursos para essa proposta, ele disse que a Renda
Cidadã terá que ser sustentada por um “imposto merda”, para o que ele continua
esperando por sugestões venham de onde vierem.
DECADÊNCIA
O pleito municipal deste
ano, pelo menos em termos de estado do Ceará, está servindo, entre outros
pontos, para mostrar o começo do fim dos partidos grandes, a começar pelo PSDB,
MDB e PT, que há uma década dominavam o país de ponta a ponte. No caso de
Fortaleza, o espelho a ser observado, é o da Câmara Municipal. Naquela Casa, o
PSDB, que já teve quase metade do Plenário, está reduzido a apenas um vereador,
Casimiro Neto.
ABANDONO
Casimiro, com seus quatro
mandatos, e depois de resistir heroicamente, anuncia a sua desistência de
tentar um 5º mandato. Motivo: o partido estaria relegado ao abandono pelo
presidente Walter Cavalcante, vice de Heitor Férrer.
SINAL
VERMELHO I
Os candidatos a prefeito de capitais e de
grandes cidades brasileiras, e que se julgam candidatos apoiados pelo
presidente da República Jair Bolsonaro, receberam sinal vermelho de
observadores que acompanham os pleitos nessas cidades. Segundo levantamento
feito, Bolsonaro só tem avaliação positiva em capitais de pequenos estados do
Norte.
SINAL
VERMELO II
Em capitais como
Salvador, Porto Alegre, Teresina, São Paulo, Recife, Belém, Vitória,
Florianópolis e FORTALEZA, a avaliação do governo de Bolsonaro é baixa, o que
representa um risco para os que acharem que o apoio daquele Messias é garantia
de vitória. Daí, ele ameaçar novamente só entrar em cena no segundo turno.
NOVO
PISO
Na semana passada a Assembleia Legislativa, e
por unanimidade, através o Sistema de Debate Remoto, aprovou projetos
importantes, entre eles do deputado Guilherme Landim (PDT), propondo novo piso
salarial para Agentes Comunitários de Saúde do Estado, cujo trabalho de
prevenção tem resultado na salvação de muitos milhares de vidas.
MERECIMENTO
Para o deputado Guilherme
Landim, há no estado do Ceará duas categorias que estão a merecer o máximo de
atenção e cobertura dos poderes públicos, pela grandeza das suas ações, assim
como pelos méritos dos seus milhares de profissionais: Saúde e Educação.
QUEM
TE VIU...
O episódio da desistência
do ex-deputado e ex-prefeito de Caucaia Zé Gerardo Arruda para a disputa pela
Prefeitura, para apoiar o atual prefeito Naumi, representa o triste fim do MDB,
não só ali como em todo o Ceará. Quem acompanhou de perto a era em que Zé
Gerardo e família dominaram Caucaia vê em mais esse capítulo, o fim do poder
político de mais uma liderança e seu grupo familiar.
DEVASTAÇÃO
A situação de devastação
sofrida pelo grupo de Zé Gerardo e do próprio MDB é de tal gravidade, que mesmo
podendo lançar outro nome para disputar a Prefeitura de Caucaia, esse nome não
existe. Um exemplo para os arrogantes.
UMAS & OUTRAS
REAÇÃO
ESPERADA I
Dois fatos já eram esperadas há tempos, em
relação à candidatura do deputado Capitão Wagner do PROS à Prefeitura de
Fortaleza. O primeiro era as posições assumidas pelos seus principais
adversários, tendo em vista a sua “afinação” com os amotinados da Polícia
Militar no início do ano. Tal condição já era denunciada desde a primeira
sublevação policial, através do ex-ministro Ciro Gomes, do PDT.
REAÇÃO
ESPERADA II
A segunda, todo mundo adivinhou:
Wagner, diante da pesquisa do IBOPE atribuiu a 7,5% ao que chamou de “ataques
orquestrados” vindos dos candidatos adversários. A descida de 35,5% para 28%
teria sido a causa imediata das declarações de adversários, embora seja difícil
o Capitão negar a sua influência naqueles episódios. As filmagens estão aí para
mostrar.
TARDE
DEMAIS
Na visão do deputado Renato Roseno, candidato
do PSOL à Prefeitura de Fortaleza, não
adianta, a essa altura dos fatos políticos, o deputado Capitão Wagner, do PROS,
tentar se descolar do movimento de paralisação da Polícia Militar. Todo mundo
lembra que o episódio mergulhou todo o estado no clima de maior pânico da sua história,
sabendo-se que Wagner foi uma presença constante nas ações dos amotinados.
Prova disso é que aquele apoio terminou servindo para a constituição da base
eleitoral que o elegeu para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos
Deputados, sendo que vários representantes dessa base são hoje candidatos à CMF.
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