Deputados, lideranças do interior e jornalistas políticos, numa quase unanimidade, atribuem a Lula da Silva e Ciro Gomes a principal culpa pela desagregação da coligação política entre PT e PDT, que vem dando certo no Ceará. Esse descaminho político teria como principal vetor as candidaturas desses dois líderes políticos, que, no desejo incontido de chefiar a Nação atropelam alianças estaduais, sendo o exemplo mais patente o Estado do Ceará. Se um dos dois não fosse candidato, com certeza teríamos uma situação tranquila para a manutenção do grupo no poder.
Em 2018, sem o
ex-presidente Lula, a aliança que reelegeu o governador Camilo Santana não
sofreu nenhuma ameaça, mesmo sendo PDT e PT de doutrinas diferentes. O clima
político 2022 está contagiado com o empenho de Lula e de Ciro, que colocam o
banimento político de Bolsonaro acima dos interesses maiores, como prioridade.
Como resultado, o previsto é que, Lula caminha para nova vitória, enquanto
Ciro, a despeito de todos os seus estrebuchos e esperneios, além de sair mais
uma vez derrotado, poderá ter contribuído para uma antes inadmissível derrocada
de um candidato do seu bloco governista.
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