terça-feira, 12 de julho de 2022

PRETO NO BRANCO - Coluna da Semana

 

                                           AGINDO NA ESPREITA

         Segundo afirmava o consagrado jornalista David Nasser, da extinta revista “O Cruzeiro”, muitos políticos batalhadores e honestos agem como leões em busca da sobrevivência política, enquanto outros se comportam como hienas e chacais, que mesmo carnívoros e caçadores, preferem alimentar-se de sobras das carcaças deixadas pelos leões. Pelo que temos testemunhado desde que se faz política no Brasil, muitos partidos, para terem ao lado de seus candidatos o máximo de partidos, mesmo sem qualquer afinação com eles, preferem se manter à espreita dos desencontros e descaminhos ocorridos nas coligações partidárias.

Quando se trata de coligações numerosas, crescem as possibilidades de partidos e políticos oportunistas, quando estas forem numerosas, para  proveito dos descontentes que discordam das decisões dos partidos aliados. Tal procedimento antidemocrático e identificador de partidos e de políticos oportunistas têm nesses momentos campos propícios para os seus objetivos no Brasil, onde se criam partidos como se plantam pomares, de frutos nem sempre saudáveis. A bem da verdade, chega a causar bastante surpresa o que ocorre no Ceará, onde os governistas acomodam mais de 15 siglas em sua aliança.

Não admira, portanto, que agora, o deputado Capitão Wagner, pré-candidato da União Brasil, e ainda sem uma aliança constituída para a sua batalha pela conquista do Governo do Estado, permaneça à espreita de um grande “racha” entre os partidos governistas mirando açambarcar alguns deles, ou, pelo menos algumas de suas lideranças de peso. O PDT que se cuide. Se não souber escolher o seu nome, haverá  debandada para Wagner ou para outra candidatura, seja do PL, ou do MDB. Em política tudo é possível, principalmente, quando se trata do Ceará, que o ex-governador Camilo Santana tornou um estado em boas condições.   

              CURTO CIRCUITO

DEFESA DA CULTURA

 No Senado, além dos grandes problemas com a sucessão estadual, onde o seu partido tem sido o centro de muitas polêmicas, o senador Cid Gomes empenha-se também no sentido de defender a Cultura do país, claramente ameaçada de abandono pelo Governo Federal.

DEFESA DA CULTURA II

Nos últimos dias, o principal objetivo de Cid tem sido coordenar votos pela derrubada de vetos do presidente Jair Bolsonaro, que poderão reduzir o setor cultural à indigência. O fato é que Bolsonaro vem reduzindo a cada dia os recursos destinados a manter a respeitabilidade da Cultura Brasileira, uma das mais admiradas.

OPORTUNISMO

 A despeito de toda a sua conhecida diplomacia ao falar de política, o ex-governador Camilo Santana chegou a considerar “oportunistas” deputados e outros políticos de oposição, que aplaudem com entusiasmo a questão do ICMS, demonstrando publicamente o seu apoio a um governo que em nome da reeleição abandona a saúde a educação e o social. A redução do ICMS não passa de um remédio momentâneo, e que só perda traz aos estados e municípios.  

BENAFÍCIO HUMILHANTE

 Na opinião do deputado Leônidas Cristino, do PDT-CE, o famigerado “pacote de bondades” com que o presidente Bolsonaro quer assegurar votos, oferecendo auxílio a eleitores, agrados a caminhoneiros e taxistas e bujões de gás até dezembro, representa benefícios que humilham milhões de brasileiros atingidos pelos efeitos a pandemia e pelas falhas de um governo sem direção. O pior é que tais medidas têm data marcada para encerramento.

LAMENTÁVEL

O violento e condenável episódio do assassinato de um líder político petista que festejava seu aniversário, por um fanático bolsonarista em Foz do Iguaçu, no Paraná, não foi lamentado por Bolsonaro que disse logo nada ter com o problema e pelo general Mourão, vice-presidente da República, ao dizer que “não existe nada de lamentável, pois se trata de fato corriqueiro que acontece todo dia entre elementos que bebem para acabar brigando”.  

RENOVANDOO TIME

 Para o empresário Chiquinho Feitosa, presidente regional do PSDB, esse partido se empenha para ter de volta a sua grandeza dos pleitos dos anos 78 e 80. Para isso, uma das medidas prioritárias a serem tomadas logo neste ano será a renovação dos quadros partidários. Isso, segundo Chiquinho, inclui o ingresso de milhares de jovens e mulheres, os quais deverão ter o máximo de apoio e de oportunidades na sigla com a disposição de disputar, agora ou no futuro cargos eletivos.

REFORÇO

Para o pleito deste ano, o comando regional do PDT anuncia a prioridade para a indicação de candidaturas de estreantes na política, e que tenham talento e disposição para ingressar nessa atividade visando a defesa da democracia.

LISTA

Para um novo PDT, o comando estadual, a esta altura, já tem a lista dos candidatos da sua preferência para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Para esta última é destaque o ex-prefeito de São Gonçalo do Amarante, Cláudio Pinho, a caminho do seu genitor o brilhante deputado e grande amigo, o saudoso poeta Barros Pinho.

TAREFA ÁRDUA

 O senador Cid Gomes, segundo se comenta nos meios governistas, com o seu talento de coordenador, somente voltará à cena depois da escolha do candidato do partido ao Palácio da Abolição. Depois disso, caberá a ele a reorganização da aliança do PDT com o PT e mais 14 ou 15 partidos, num trabalho de acomodação de seus dirigentes e lideranças. Trata-se de tarefa das mais espinhosas, sabendo-se que caberá a Cid a elaboração da relação de todos os cargos e posições para as lideranças de mais de 15 partidos da coligação governista.

                        UMAS & OUTRAS

INCERTEZAS  

A respeito dos arranjos a serem feitos no seio da base governista com vistas à eleição de outubro, a duríssima tarefa de organizar a maior coligação governista da nossa História Política irá depender, e muito, do resultado das negociações no seio do PDT para a escolha do candidato a governador do Estado. Isso, segundo os analistas, em consequência de um problema da escolha do nome para concorrer Palácio da Abolição .

LUTO NO CEARÁ

 Na madrugada desta terça-feira (12), o estado do Ceará perdeu mais um de seus grandes vultos políticos e administrativos, com o falecimento do engenheiro Vicente  Fialho. Ele foi prefeito de Fortaleza, ministro da Irrigação, e das Minas e Energia, deputado federal, e Diretor-Geral do DNOCS, entre outros cargos importantes. Lamentavelmente, mais uma vítima do Covid-19.

 “AJUDA” QUE NÃO AJUDA

 Depois de reduzido à condição de partido nanico, o PTB do Ceará, zero à esquerda na política, mesmo sem nada ter a oferecer aderiu à pré-candidatura do deputado Capitão Wagner. O PTB, que governou o Ceará, com grandes homens, não passa hoje de uma sombra do que foi com Getúlio, e cujo apoio pouco ou nada representa. O risco que ameaça Wagner é o fato de o PTB nacional se encontrar sob a liderança de Roberto Jefferson, condenado e preso por incontáveis crimes.

NA DISPUTA

Conforme se comenta no âmbito do MDB, o presidente do partido, ex-senador Eunício Oliveira só está aguardando que caminho o PDT tomará na escolha do candidato da aliança governista. Se for o ex-prefeito Roberto Cláudio, ele poderá ser candidato do partido, com o que poderá montar um forte palanque para Lula, de quem é apoiador.

CLIMA AGITADO

O clima político andou agitado nesta terça-feira (120), em Brasília, por conta da votação da chamada “PEC Kamikaze”, ou "PEC dos Benefícios". Isso, em consequência da presença de mais de 1.000 prefeitos para cobrarem a liberação de verbas, ao mesmo tempo em que o Planalto insiste em medidas que, segundo a CNM, subtrairão cerca de R$ 75 bilhões dos municípios.

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