quarta-feira, 26 de maio de 2021

MAYRA NÃO ESTÁ SOZINHA


 Para quem vem acompanhando os fatos absurdos, e às vezes tragicômicos em relação às tentativas de livrar da pandemia do coronavírus os nossos mais de 200 milhões de brasileiros, a médica cearense Mayra Pinheiro, Secretária de Educação e Saúde do Ministério da Saúde não está sozinha na defesa de remédios ineficazes. No STF, por exemplo, a ministra Rosa Weber teve que mandar para o lixo uma das propostas mais estapafúrdias já surgidas na situação, e que bem espelha a maneira como a ignorância grassa até mesmo entre deputados federais  e figuras da Justiça. Trata-se de proposta do advogado de Rondônia, Álcio Pessoa.

Aquele causídico propõe abertamente, o uso de maconha e cocaína em forma de “gás natural” para o tratamento de Covid-19. Para tanto, impetrou ação, através da Escola Humanismo Científico, de Manaus (AM), solicitando que a União seja obrigada a fazer o teste para verificar  se o gás da cocaína é eficaz contra o coronavírus. Se constatada a eficácia do referido gás, “o governo deve rescindir os contratos com laboratórios e farmacêuticos que produzem vacina e liberar o cultivo de coca e maconha no país”.

Conforme publicado no site Consultor Jurídico, a peça, conduzida pelo advogado Alcio Luiz Pessoa, com registro na OAB do Acre, "há gases bons para a vida e outros nocivos, conforme enunciou Lavoisier em 1662. O Corona que se alimenta pela respiração, ficou presente no seu DNA o vírus do gás nocivo", justifica em sua argumentação na defesa do cultivo dessas drogas para uso contra o coronavírus. "O velho Corona pela simbiose comunicou o vírus para a espécie de sua família que chamaram de novo corona. Pela respiração conjunta da família, ele pôs novamente o vírus nocivo no ar. Por que não estancaram a meta genômica do velho para o novo corona?", questiona.  Pelo sim, pelo não, quem assim age não tem motivos para condenar os indianos que, em meio ao desespero gerado pela COVID-19, apelam até para o uso de excrementos de gado bovino.

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