Para quem vem acompanhando os fatos absurdos,
e às vezes tragicômicos em relação às tentativas de livrar da pandemia do
coronavírus os nossos mais de 200 milhões de brasileiros, a médica cearense
Mayra Pinheiro, Secretária de Educação e Saúde do Ministério da Saúde não está
sozinha na defesa de remédios ineficazes. No STF, por exemplo, a ministra Rosa
Weber teve que mandar para o lixo uma das propostas mais estapafúrdias já
surgidas na situação, e que bem espelha a maneira como a ignorância grassa até
mesmo entre deputados federais e figuras
da Justiça. Trata-se de proposta do advogado de Rondônia, Álcio Pessoa.
Aquele
causídico propõe abertamente, o uso de maconha e cocaína em forma de “gás
natural” para o tratamento de Covid-19. Para tanto, impetrou ação, através da
Escola Humanismo Científico, de Manaus (AM), solicitando que a União seja
obrigada a fazer o teste para verificar se
o gás da cocaína é eficaz contra o coronavírus. Se constatada a eficácia
do referido gás, “o governo deve rescindir os contratos com laboratórios e farmacêuticos
que produzem vacina e liberar o cultivo de coca e maconha no país”.
Conforme publicado no site Consultor Jurídico, a peça,
conduzida pelo advogado Alcio Luiz Pessoa, com registro na OAB do Acre,
"há gases bons para a vida e outros nocivos, conforme enunciou Lavoisier
em 1662. O Corona que se alimenta pela respiração, ficou presente no seu DNA o
vírus do gás nocivo", justifica em sua argumentação na defesa do cultivo
dessas drogas para uso contra o coronavírus. "O velho Corona pela simbiose
comunicou o vírus para a espécie de sua família que chamaram de novo corona.
Pela respiração conjunta da família, ele pôs novamente o vírus nocivo no ar.
Por que não estancaram a meta genômica do velho para o novo corona?", questiona.
Pelo sim, pelo não, quem
assim age não tem motivos para condenar os indianos que, em meio ao desespero
gerado pela COVID-19, apelam até para o uso de excrementos de gado bovino.
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