DEIXEM
O HOMEM TRABALHAR
Conforme filosofava o ex-governador César Cals de Oliveira
Filho, e fazendo como ao que dizia o seu ilustre genitor, Dr. César Cals, a
política como ciência social é uma prática necessária para a consolidação em
qualquer Nação, mas, quando vira politicagem ou politiquice, termina se
transformando em geradora de conflitos e desrespeito à própria sociedade que
dela depende. Em consequência disso, dizia ele, fazer política social, política
econômica, política de saúde e política partidária são três rumos bem
diferentes, e cuja prática deve acontecer em períodos apropriados para tal.
Assim sendo, priorizar política partidária quando a prioridade é saúde é um
erro.
Com esse introito, destacamos o que começa a ocorrer, e de
forma crescente, quando lideranças políticas começam a se preocupar mais com a próxima eleição do que com a
situação caótica em que se encontram o Ceará, o Brasil e o mundo. Prova
concreta disso aqui no Ceará, tem sido o desfile infindável de prefeitos,
vereadores e, principalmente, deputados já batalhando na armação de esquemas na
tentativa de se reelegerem ao mesmo tempo em que pré-candidatos à Assembleia
Legislativa, assim como à Câmara dos Deputados, fazem fila no Palácio da
Abolição, em busca de brechas e de apoios junto ao governador Camilo Santana.
Só que, apesar de toda a insistência com que eles tentam
“tirar casquinhas” junto ao governador Camilo, este se mantém inarredável na
sua determinação de não tratar de política, principalmente da sua sucessão
enquanto a pandemia do coronavírus não tiver sido abatida. Desse modo, Camilo
mostra a esses políticos como uma liderança pública deve se comportar diante
das prioridades com que se deparam. Trocando em miúdos, o governador quer que cada
um seja dono de mandato, ou pretendente a futuro mandato, tome consciência de
que com uma sociedade ameaçada por uma pandemia mortal colocar a política em
primeiro plano é desprezar o que há de mais sagrado, que é a saúde e a vida de
uma população. Tá certo Camilo. Por isso,
deixem o homem trabalhar.
CURTO CIRCUITO
HORA DE
ENDURECER
É tido como certo que o governador Camilo
Santana vai ter mesmo que endurecer as medidas em relação às cidades do
interior. Em muitas delas, em todas as regiões do estado, prefeitos “pegando
corda” dos bolsonaristas, relaxam, e começa aumentar os casos de festas
proibidas, escancaradas, com dezenas e até centenas de pessoas aglomeradas e
aos agarros, sem máscaras, expostos às ações de novas cepas da COVID-19.
DENÚNCIA
Esse descaso com a pandemia do
covid-19, coloca em risco as vidas de centenas de outras pessoas. De Ubajara, a
denúncia é que o prefeito Renê, que ia até bem, liberou geral, inclusive, o
balneário do Boi Morto, pondo de aglomerações sem controle.
GUERRA
DA BAIXARIA
Quando os brasileiros decentes e de boa
vontade mais acreditavam que teríamos uma campanha presidencial de nível melhor
que as anteriores, o que se vê é um festival de achaques e de baixarias, entre
os principais personagens: de um lado, o presidente Jair Bolsonaro, a cada dia
mais ataca Lula, tratando-o de “canalha”, “moleque”, “ladrão” e “vagabundo”. Do
outro lado, Lula reforça o seu time de desaforados, “adotando” para o PT nada
menos do que o ex=deputados Jean Wyllys, ex-Psol, e que havia cuspido no rosto
do então deputado Bolsonaro. Assim, o cenário está pronto para mais uma grande
“cachorrada” política. Pelo visto, o “show” será de tal nível, que terminará se
tornando impróprio para menores.
EMPRESÁRIOS
EM FESTA
Os pequenos e médios empresários do Ceará e do
país, e que são dependentes de crédito para os seus projetos, têm todos os
motivos para comemorar. Isso, em decorrência da aprovação, pelo Plenário da
Câmara dos Deputados, de proposta, nascida na FIEC, e que determina a
renegociação extraordinária de dívidas com o FNA e FNE, beneficiando
empresários devedores no Norte e do Nordeste.
INICIATIVA
A aprovação dessa matéria é o
fruto de uma das muitas iniciativas da FIEC, que há 20 anos tem batalhado para
dar alívio à situação de pequenos e médios empresários da indústria atingidos
pela crise econômica, pandemia e por anos de invernos escassos. Diante dessa
conquista, haverá uma verdadeira ressurreição de empresas ameaçadas até de
desaparecer. Estas poderão ter dívidas reduzidas em até 90%.
CONFUSÃO
CRIADA
Enquanto os menos avisados e os mais
confiantes acreditam que está tudo em grande parte resolvido no Ceará, em
relação à sucessão estadual, o que se conclui ao observar melhor essa situação,
é que, ao contrário disso, o governador Camilo, Santana, o senador Cid Gomes
(PDT) e o ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato ao Palácio do Planalto, ainda
terão muitos e complicados abacaxis para descascar.
DIVERGENCIAS
As complicações na sucessão de
Camilo Santana já começam com dois partidos tidos como aliados, mas cujos rumos
que se desenham poderão divergir dos objetivos do grupo governista que manda no
Palácio da Abolição. Um desses “nós cegos” é a maneira como o PP de Zezinho
Albuquerque, que é de dentro do governo, tem o seu presidente, deputado AJ
Albuquerque de “canga e corda” ao lado de Bolsonaro. E isso, sem se falar no PSD
dos Aguiar que, sem vaga na chapa governista entra fácil para o bloco
bolsonarista.
VAMOS
ACREDITAR
Para o deputado estadual
Fernando Hugo (PP), embora a situação da pandemia ainda não esteja sob
controle, é preciso acreditar que, enquanto as ameaças da perigosa pandemia ainda persistem,
a ciência, está, mais do que nunca, topando o desafio de exterminá-la, como já
ocorreu com a hanseníase e a poliomielite, hoje praticamente sumidas do Planeta
Terra.
UMAS E OUTRAS
VACINA
CEARENSE
Exemplo do que diz Fernando
Hugo é que entre outras vacinas quase prontas para serem aplicadas na
população, uma vacina cearense, produzida por pesquisadores da UECE já está
pronta para ter a liberação da parte da ANVISA. Desse modo, o que resta é
apenas aporte financeiro do empresariado para a produção em massa, já que o
governador Camilo já assegurou que os responsáveis têm todo o apoio do Estado.
E, se a Fiocruz e Butantã produzirem nos próximos dias e meses os insumos,
haverá milhões de vidas salvas.
PÓDIO
INDESEJÁVEL
O Ceará é um dos estados líderes da prática de
crimes eleitorais. A lastimável revelação vem de uma preocupante matéria publicada
pelo jornal O Estado de São Paulo, na qual estão expostos dados estatísticos
que mostram a intromissão e a influência cada vez mais crescente do crime
organizado, tanto na eleição quanto na derrota, e até na morte de muitos
candidatos.
AÇÃO
DOBRADA
Se antes, as brigas eram apenas
entre chefões políticos que se utilizavam de jagunços, a violência hoje é de
agentes das facções criminosas, que, armadas, e com o poder do contrabando e do
tráfico, ameaçam políticos, e até mesmo demarcam terrenos para a atuação de
políticos que só eles permitem. Ante essa situação, o jornal O Estado de São
Paulo antevê a necessidade de ação dobrada do MPF, MPE, PF e outras forças da
Justiça, para que cessem as eleições de políticos apoiados pelo crime
organizado, coisa que existe há algum tempo no Ceará.
OUTROS
RUMOS
Na visão do deputado Eduardo Bismark (PDT),
coordenador da bancada federal do Ceará, a referida bancada deverá estar
bastante atenta ao que vem ocorrendo, enquanto as atenções da Nação em sua
esmagadora maioria estão direcionadas apenas para a ruidosa CPI da COVID-19,
que poderá terminar complicando a vida de Bolsonaro e seu governo.
OUTROS
RUMOS II
Há razões para isso, segundo
Bismark, tendo em vista que, enquanto os olhares convergem para o Senado
Federal, a bancada governista na Câmara dos Deputados é toda empenho no sentido
da aprovação da admissibilidade da atual proposta de Reforma Administrativa.
Entre outros males que estão sendo articulados pelos parlamentares do governo,
uma delas poderá desgraçar a vida de dezenas de milhares de servidores públicos
federais, estaduais e municipais, já que o alvo deles, a mando de Bolsonaro, é
o de acabar com a estabilidade para essa categoria.
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