Homem invade bar em Cascavel, esfaqueia e mata eleitor de Lula
A Polícia Civil do Ceará procura um homem de 59 anos que está foragido suspeito de matar outro após discussão em um bar em Cascavel, a 65 km de Fortaleza. Segundo a polícia, testemunhas relataram que a morte foi motivada por uma discussão política sobre a votação para Presidência da República.
O caseiro
Antônio Carlos Silva de Lima, 39, não tinha antecedentes criminais e recebeu
uma facada na barriga. Ele foi socorrido, mas morreu durante atendimento
médico. O nome do suspeito pelo assassinato não foi divulgado – ele tem
passagem pela polícia por lesão corporal. O suspeito, segundo relatado por
testemunhas à polícia, chegou ao bar e iniciou a discussão questionando outros
presentes sobre em quem votariam para presidente no próximo dia 2 de outubro.
Lima respondeu e a discussão teve início, terminando na facada.
A polícia
não informou quais candidatos teriam sido citados na discussão, mas relatos
repassados às forças de segurança apontam que o suspeito defendia o presidente
Jair Bolsonaro (PL) e teria chegado ao local perguntando se alguém votaria no
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao menos cinco pessoas já
prestaram depoimento desde o último sábado (24), quando ocorreu o caso.
Declarações
O caso foi
comentado por autoridades cearenses nesta segunda-feira (26), principalmente
entre petistas e apoiadores de Lula. O ex-governador e atual candidato ao
Senado Camilo Santana (PT) destacou que foi “mais um caso inaceitável de violência, fruto da
intolerância e do desrespeito à vida. Nosso país não pode aceitar como normal
esse discurso de ódio. Nosso país precisa de paz.”
Candidatos a
deputado também se pronunciaram, como José Guimarães (PT), que disse que não é
um caso isolado e que
“precisamos dar um basta nesse ódio bolsonarista que ceifa vidas”. “Mais uma
vida é ceifada por ódio político”, disse, por sua vez, a deputada
Larissa Gaspar (PT), enquanto o deputado Renato Roseno (Psol) pontuou que o “terorrismo bolsonarista faz mais
uma vítima”. A deputada Érika Amorim (PSD), candidata da coligação
pedetista ao Senado, declarou que “o fato nos traz um urgente alerta sobre a intolerância e a grave
polarização que se instaurou no Brasil. É a democracia que deve nos mover
sempre e não a violência!”
Casos
A ocorrência
não é isolada e se soma a outras mortes decorrentes de violência política no
contexto da campanha presidencial. No dia 8 de setembro, um homem que defendia
Lula foi morto por um apoiador de Bolsonaro após uma discussão em Confresa (a
1.160 km de Cuiabá). Autor do crime, Rafael de Oliveira, 24, passou por
audiência de custódia, e a Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva.
Ele confessou, segundo a polícia, ter matado a facadas seu colega de trabalho
Benedito Cardoso dos Santos, 44, depois de uma discussão política. De acordo
com a polícia, o autor tentou decapitar a vítima e, após o crime, ainda filmou
o corpo.
Com informações do O Estado
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