segunda-feira, 12 de setembro de 2022

PRETO NO BRANCO - Coluna da semana

                                   Foi-se a última rainha

         Não tem nenhum exagero no destaque universal dado ao falecimento da Rainha Elisabeth II, do Reino Unido, e cujo passamento revela uma admiração e um respeito jamais dado a uma personagem mundial. Sobre o lastimável evento, somente não lamentam os descrentes de que no mundo ainda é possível surgirem figuras humanas capazes de trazer paz e esperança em meio às crises sociais e à descrença na capacidade de um monarca de manter-se venerado por pessoas de quase toda a terra. A monarquia pode ter pontos fracos, mas Sua Majestade mostrou o contrário.

         A morte da venerada monarca veio comprovar que, em sua simplicidade, bom humor e capacidade de impor verdadeiro respeito, ela terminou equiparando-se ao seu compatriota Churchill, que envaideceu a Inglaterra salvando-a da destruição na Segunda Grande Guerra. Ao mesmo tempo, com sua ação pacífica e carismática, ele conseguiu conquistar o amor e o carinho mundo, enquanto Hitler, Stalin e outros, com prepotência e espírito destrutivo apenas ocupam os espaços mais vergonhosos entre os inimigos da humanidade, e hoje detestados por todos.

         Elisabeth II foi com certeza uma presença responsável pelo equilíbrio da sua própria Inglaterra, como também, a exemplo do que ocorreu com os papas seus contemporâneos, com destaque Francisco, o Pontífice Máximo do cristianismo uma força moderadora cuja presença foi sempre capaz de criar um clima de paz e de harmonia. Hoje, a esperança é que o seu sucessor, o filho Charles III, mesmo com grandes diferenças de caráter, tenha nela exemplo e inspiração, diante da realidade de que o Mundo teve nela a mulher mais importante dos dois últimos séculos.

  CURTO CIRCUITO

“PROFETA” DA VIOLÊNCIA

 Causou indignação, revolta e preocupação o procedimento condenável do deputado Delegado Cavalcante, ao fazer a defesa da violência apregoando que o bolsonarismo vencerá a eleição “à bala”. Ou seja, o parlamentar que, além de policial correto, é uma das lideranças do “terço dos Homens”, insiste em imitar, no que tem sido pior, o comportamento do presidente Jair Bolsonaro.

VAI CONTINUAR

 A sociedade brasileira continua cada vez mais temerosa, tendo em vista o acirramento da violência por conta do radicalismo crescente provocado pela polarização política no pleito para a presidência da República. Não se trata de nenhum exagero da parte dos candidatos adversários do presidente Jair Bolsonaro. Chama à atenção o aumento dos assassinatos, coincidentemente, cometidos por defensores do presidente candidato à reeleição. Há décadas não se registravam no país crimes violentos dessa natureza.

“VIRADA” QUE PREOCUPA

 A mais recente pesquisa eleitoral relacionada com a sucessão estadual do Ceará trouxe mais preocupações para todas as coligações políticas envolvidas na disputa pelo Palácio da Abolição. A principal, notadamente para o grupo de apoio a Roberto Cláudio, do PDT foi a “virada” do candidato Elmano de Freitas. Na penúltima pesquisa ele se encontrava nove pontos abaixo de RC; na mais recente ultrapassou o pedetista por dois pontos. A pergunta é: como PDT e PT irão se unir contra o bolsonarista Capitão Wagner?

CRÍTICAS MUNDIAIS

Por mais que o presidente Jair Bolsonaro nunca esteja “nem aí” para as críticas nacionais sobre o seu “modus agendi” administrativo repleto de falhas, e do seu comportamento político, preocupa a maneira como os mais importantes órgãos da imprensa mundial reagiram diante do seu procedimento no Dia da Pátria, quando fez da data motivo para fazer dos atos motivo para pedir votos, além de trocar a Sessão Solene destinada aos Três Poderes. Basta conferir o que dizem “Le Monde”, da França, “N. Y Times” dos EUA e outros.

OUTROS MOTIVOS

 Para os sindicalistas ligados aos profissionais da Saúde, principalmente do setor de enfermagem, é preciso duvidar da correria de senadores, deputados federais e estaduais e candidatos a governador para impedir a suspensão do piso salarial dos enfermeiros e auxiliares. Isso, porque, segundo eles, se prevalecer essa medida, todo esse pessoal vai perder milhares de votos, mesmo sabendo que, para tornar realidade esse piso, os governos federais e estaduais e municipais terão que contar com fontes de recurso para compensar os custos.

 PROPAGANDA IMPRODUTIVA

 Na visão de analistas da nossa política, local ou nacional, o esquema de propaganda eleitoral determinado pela Justiça Eleitoral deverá ter uma contribuição um pouco acima de ZERO, no que se refere às candidaturas a deputado federal e estadual. Se os candidatos não se esmerarem mais do que nunca no corpo-a-corpo teremos uma multidão deles na lista dos que terão apenas o seu próprio voto, já que ninguém vai escolher um candidato caricatural e com apenas poucos segundos para venderem seu peixe.

VIROU SALADA

 Segundo demonstram muitas lideranças políticas do Planalto e Região da Ibiapaba e da Zona Norte, o rompimento da coligação PDT–PT fez da política daquelas áreas um confuso labirinto em que muitas dessas lideranças se acham perdidas, com o seu eleitorado totalmente desorientado. Na visão dos mais experientes, o Capitão Wagner, que perderia no primeiro turno, poderá ter chances, se os responsáveis pelas candidaturas do PDT e do PT fizerem desta uma guerra particular, que só vencerão se forem juntos num segundo turno. 

ABUSO CARO

 As “estripulias” cometidas pelo presidente Jair Bolsonaro em mais um Dia da Pátria podem sair por preço muito alto. Isso, tendo em vista ação impetrada junto ao TSE pelo comando da candidatura de Lula. Municiada de farto material, a coordenação da campanha quer que seja interpretado em crime Bolsonaro se aproveitar de concentrações tidas como cívicas, para pedir votos abertamente, fazer propaganda do seu governo e apresentar números mentirosos sobre sua atuação. Se o TSE e depois o STF aceitarem, pode custar a candidatura dele.

NÚMEROS QUE PREOCUPAM

 Para observadores políticos, os candidatos em geral, principalmente, à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa, vivem momentos de muitas preocupações. A primeira, como sempre, tem a ver com o volume de recursos a ser empregado. Mas, muito mais sério é que até o momento 60% dos eleitores ainda não têm candidato para esses cargos, o que leva ao temor de que a ausência de eleitores desmotivados chegue a ser superior aos 32% como ocorreu no pleito de 2020. É preciso levar em conta a descrença nos políticos.

 MEDIDAS PESADAS 

Se, em outros pleitos do passado, a preocupação da Justiça Eleitoral, da Justiça Comum e, com destaque o Ministério Público era no sentido de combater a corrupção eleitoral, vetando o mercado do voto, essa preocupação, este ano, já virou de rumo. O alvo agora é a desinformação, “fake news”, e ataques pelas redes sociais. Por conta Disso, o presidente do TSE, Alexandre de Morais já anunciou que aquela Corte, Ministério Público, TREs e Polícia federal constituirão uma frente capaz de tirar de circulação todos os praticantes desses crimes.

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