AMEAÇADO DE MORTE, JEAN WYLLYS DESISTE DO MANDATO E SAI DO BRASIL
Parlamentar, que acaba de ser eleito pelo
terceiro mandato consecutivo pelo PSOL do Rio de Janeiro, afirmou que está fora
do país, de férias e que não pretende voltar; "O [ex-presidente do
Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para
mim: 'Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis'. E é isso: eu não quero me
sacrificar", contou à Folha; ele pretende se dedicar à carreira acadêmica.
247 - O deputado federal Jean Wyllys, que acaba de ser eleito
pelo terceiro mandato consecutivo pelo PSOL do Rio de Janeiro, afirmou que está
fora do país, de férias e que não pretende voltar, segundo reportagem
da Folha de S.Paulo. "O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando
soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: 'Rapaz, se cuide. Os
mártires não são heróis'. E é isso: eu não quero me sacrificar", contou
ele ao jornal. Wyllys é o primeiro e único parlamentar assumidamente gay no
Congresso brasileiro e virou alvo de ódio e fake news diárias por parte da
direita.
"De acordo com Wyllys, também pesaram em sua resolução de
deixar o país as recentes informações de que familiares de um ex-PM suspeito de
chefiar milícia investigada pela morte de Marielle trabalharam para o senador
eleito Flávio Bolsonaro durante seu mandato como deputado estadual pelo Rio de
Janeiro", diz a reportagem. Ele disse não ter planos definidos ainda,
mas que pretende se dedicar à carreira acadêmica ou até ir para Cuba.
"Me apavora saber que o filho do presidente contratou no
seu gabinete a esposa e a mãe do sicário. O presidente que sempre me difamou,
que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia
contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim", completou.
Com Brasil 247
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