Se já tem motivos de sobra para se preocupar com a crise sanitária e econômica gerada pela pandemia, o país começa a acrescentar ao seu repertório de preocupações a maneira tresloucada como o presidente Jair Bolsonaro tem reagido em relação às crescentes críticas feitas contra os desgovernos da sua administração. O comportamento do chefe da Nação, quando poderia ser comparado à maneira como verdadeiros estadistas encaram as críticas, só tem sido comparável aos atos dos piores ditadores de “república bananeira” da América Latina, ou, o que é ainda pior, emulando-se aos chefes de estado onde a verdadeira democracia está ausente.
Bolsonaro, desde
quando eterno deputado do baixo clero na Câmara Baixa do país, foi sempre
identificado pela agressividade em relação aos parlamentares do sexo masculino,
ao mesmo tempo em que sempre destratou, e em termos rasteiros as representantes
femininas.
Renúncia oportuna
Por falar em
Bolsonaro, na manhã de terça-feira, em Nota Oficial, a Associação Brasileira de
Imprensa – ABI, tendo em vista a grosseria com que o presidente, mais uma vez,
atacou uma repórter que cumpria o seu dever, agredindo todos os profissionais
de imprensa e seus respectivos veículos, enumera pelo menos dez qualidades
negativas para quem necessita de equilíbrio, o que, somado a outros pontos
negativos já seria o suficiente para justificar um processo de “impeachment”
para o presidente.
Na mesma Nota, é sugerido que Bolsonaro, até
para evitar mais abalos na Nação, mostre coragem, renunciando. Isso,
entretanto, se ele tivesse um mínimo de respeito por uma sociedade que não mais
acredita nele.
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