quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Sindicato dos Jornalistas convoca

14 de novembro de 2016

NESTA QUINTA-FEIRA

Sindjorce convoca assembleia para discutir campanhas salariais de mídia impressa

Patrões emperram as negociações da Campanha Salarial 2015/2016 de Mídia Impressa e dão o silêncio como resposta aos jornalistas cearenses. É hora de os jornalistas aumentarem a mobilização em busca de reajuste digno. Por isso, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) convoca os profissionais empregados em jornais e revistas para Assembleia Geral Extraordinária, nesta quinta-feiradia 17 de novembroàs 19 horas (primeira convocação), na sede da entidade, para discutir saídas para as campanhas salariais de mídia impressa.
Apesar do crescente custo de vida na Capital cearense, os patrões se recusam a repor a inflação da data base do segmento de mídia impressa, que foi de 9,88% - o que reflete a ganância dos empresários e seu desrespeito com os jornalistas. O percentual ofertado pelos jornais Diário do Nordeste, O Estado e O Povo é de 5%, com pagamento do retroativo parcelado em quatro vezes.

“Os empresários – e seus prepostos - têm sido intransigentes nas últimas campanhas salariais. Nessa, o descaso é gritante. Não há sequer resposta. É como se nada tivesse acontecendo. A proposta de reajuste no piso e demais salários é puro desrespeito com os jornalistas”, comenta a presidente do Sindjorce, Samira de Castro.

Os patrões insistem no discurso de crise. Alegam redução nos lucros das empresas com faturamento publicitário. No entanto, têm crescido os ganhos na internet - terreno para onde as redações cearenses se expandem com vigor. Um levantamento do Dieese, levando em conta que 70% da categoria ganha o piso salarial, mostra que o impacto da reposição da inflação de 9,88% nas redações é de pouco mais de R$ 22 mil. Não é esse valor que vai tirar as empresas da crise.

Por outro lado, os jornalistas seguem em processo de empobrecimento. Em outubro, a cesta básica de Fortaleza atingiu R$ 415,41 – uma alta de 21,21% no acumulado do ano. De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 4.016,27.

Em ofício enviado aos dirigentes dos jornais Diário do Nordeste e O Povo, respectivamente nos dias 8 e 11 de novembro, a Diretoria do Sindicato cobra de cada empresa uma posição para levar à base. “É hora de união e mobilização dos jornalistas por melhores salários”, afirma a presidente do Sindjorce, que conversou pessoalmente com o superintendente do jornal O Estado, Ricardo Palhano, na quinta-feira, dia 10 de novembro.

NÚMEROS DESMENTEM DISCURSO DE CRISE

Após adotar paywall, jornais brasileiros batem recorde de audiência e vendem cada vez mais assinaturas digitais

Ao contrário do que se podia imaginar, a implementação do paywall - barreira que restringe o acesso dos usuários não pagantes aos sites - contribuiu para disparar a audiência dos grandes jornais brasileiros, que têm registrado também um significativo aumento na venda de assinaturas digitais.

Segundo executivos de jornais entrevistados pelo Centro Knight, a adoção deste "muro de pagamento" teve impactos na mentalidade e no funcionamento das redações, e tem alterado o modelo de financiamento do negócio e o perfil dos leitores, com reflexos na linha editorial das publicações.

De 2014 para 2015, a média das assinaturas digitais cresceu 27%, enquanto a média de circulação paga dos jornais impressos caiu 13%, de acordo com o Instituto Verificador de Comunicação (IVC), que há décadas certifica a tiragem dos jornais e mais recentemente começou a conferir também a circulação digital.

Em setembro de 2016, as assinaturas digitais de 33 jornais com edições online monitoradas pelo IVC chegaram a 818.873, um número 20% maior do que a média de 2015. No mesmo período, a circulação impressa caiu quase 20%, chegando a cerca de 2,6 milhões de exemplares vendidos no Brasil.

"Essa é a tendência. Para todos os jornais, mesmo os regionais", disse ao Centro Knight o presidente do IVC, Pedro Silva. De fato, jornais como Correio Braziliense e o O Tempo (de Belo Horizonte) tiveram crescimentos de circulação digital de 76% e 87%, respectivamente, entre 2014 e 2015.

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