sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

PRETO NO BRANCO, coluna publicada no jornal O ESTADO

Coisas de política
A política é mesmo dinâmica. Quem poderia imaginar há alguns anos que seriam os parlamentares do DEM e do PSDB os novos xiitas do Congresso Nacional e os petistas os que reclamariam da atitude truculenta das galerias! Pois vivemos para ver esse dia chegar. Ocorreu na votação da lei que altera as metas fiscais, enviada pela presidenta Dilma Rousseff que anda com dificuldades para cumprir o superavit fiscal e com isso pode ser pega pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
De um lado, os governistas querem aprovar as leis para que Dilma inicie o novo governo sem atropelos. Do outro, a oposição, derrotada nas urnas, quer derrubar o projeto no grito, já que é minoria no Parlamento, pra ver se leva no tapetão o que não levou no voto.
O que mais impressiona nisso tudo é perceber como depois de tantos anos o PT não aprendeu a ser maioria apesar de ter se acomodado bastante à situação de governista quando é para se beneficiar das estruturas de poder. Às vésperas das eleições para a presidência da Câmara e mesmo tendo a maior bancada, está prestes a ver o maior sabotador do governo, o deputado Eduardo Cunha, assumir a presidência da Casa com o apoio não apenas da base governista, como da própria oposição e ainda querem atribuir à própria Dilma a responsabilidade pela possível derrota. E pra que servem os parlamentares, então, se até resolver as negociações para eleição de mesa diretora do Legislativo for função do chefe do Executivo?
CURTO CIRCUITO

 Fim do fiu fiu? - O Macário Batista ameaça escrevinhar na sua coluna de segunda-feira, um protesto contra o mulheril que tá inventando de usar óculos com câmeras pra dar flagra nos macho véi que cantam elas aí pelo meio da rua e enquadrá-los. Confesso que ainda sou chegada a um velho fiu fiu. Sinto-me viva e poderosa. E quem quiser que ache ruim!

 Pegou mal -  Não se sabe de quem foi a ideia, mas tá pegando muito mal o futuro governador Camilo Santana, “mexer no vespeiro” que é esse negócio de CPMF. Até o momento, só tem servido para dar “suprimentos” para falação de adversários na Assembleia Legislativa, que “enchem a boca”, ao acusá-lo de defender um novo imposto num Ceará castigado pela seca.

 Farra de siglas -    A criação de partidos, que é coisa séria e rara em outros países de respeito, aqui no Brasil virou uma verdadeira farra. Agora mesmo, alguns deputados insatisfeitos com seus partidos, arrumam as malas para voar para um tal de Partido Novo. E isso, depois que todos os candidatos a presidente juraram reduzir à metade os partidos que aí estão.

 Pires na mão -    Nas várias regiões do Ceará, e estados vizinhos, há um pensamento consensual: se o governo federal não melhorar as condições dos municípios menos favorecidos, será montado em Brasília um “acampamento” para  acolher prefeitos, vereadores e outras lideranças, que desejarem “invadir” o Planalto em busca de recursos. É aquela velha história do pires na mão.

 Oportuno -    Mais do que oportuno o Projeto de Lei Suplementar, do senador Pedro Taques (PDT.MT), em que defende a liberação do FGTS total, em caso de doença grave do contribuinte. O problema, segundo ele, é que, da maneira como a situação está nesse campo, os beneficiados só têm direito quando já estão com “um pé na cova”.

Uma gracinha -    Para o deputado Raimundo Matos (PSDB), é mesmo “uma gracinha” a grande “disposição” do PT para combater a corrupção. O problema é que esse partido, se assim quer agir, deveria começar “de casa”, e acabar com a mania de atacar juízes que condenam petistas, ou a imprensa, quando descobre os “podres” dessa agremiação.

Leitura eletrônica - O colega José Rangel enviando o Costa Oeste, jornal que edita, agora eletronicamente. Segundo ele, a edição impressa vai continuar circulando nos municípios das zonas Oeste e Norte do Ceará e em algumas bancas de Fortaleza.

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