Alguém já parou para pensar o inferno
que se transformou a vida do cidadão José Carlos Cosenza, desde que foi
apontado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, como um dos “beneficiários
de propinas”, “Sócio do petrolão”, e outras mazelas mais, quando, pelo que tudo
indica, seu único pecado foi ser diretor de abastecimento da Petrobrás quando a
estatal está envolvida num verdadeiro mar de corrupção? Exercer cargo executivo
não significa, entretanto, que todos os diretores sejam corruptos, ladrões dos
dinheiros públicos. Não esqueçamos que no meio desse lamaçal tem gente honesta.
Desde o primeiro momento das
denuncias envolvendo seu nome, Cosenza permaneceu silente, com a certeza que a
verdade viria à tona.
E veio, num simplório pedido de desculpas da Polícia
Federal que reconheceu o engano cometido, mas o estrago já estava feito e não
será um simples “mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa” que vai devolver a paz
e a tranqüilidade aquele homem e à sua família. Alguém já pensou nos filhos
desse senhor? Na esposa? Enfim, na família?
Quem vai devolver as noites de sono
perdidas, a honra destruída, a vergonha de ver seu nome, durante dias, enlameado
e espalhado por todo território nacional e além fronteiras?
Não se enganem, o alvo era atingir a Presidenta.
Quem tem um pouco de discernimento, vai entender que o “tiro” tinha alvos
certos: A presidenta Dilma e sua auxiliar, Graça Foster, presidenta da
Petrobrás. É só se dar ao trabalho de ler as manchetes dos jornais de ontem que
não deixam dúvidas quando citam em grossas, grandes e coloridas letras, que
havia acabado a blindagem da Presidenta.
E a grande imprensa? Que execrou o
cidadão, o pai de família? Como vai tratar esse homem? Também com um simples
pedido de desculpas pela estrondosa divulgação relacionando seu nome aos dos
verdadeiros safardanas, sugadores da consciência alheia e surrupiadores dos
cofres públicos?
A pergunta que não quer calar: A imprensa reservará o mesmo espaço
para retratações? Mesmo que dê, o que
acho difícil, o mal já está feito pois o atual diretor de abastecimento da
Petrobrás, José Carlos Cosenza, já foi publicamente massacrado e sua reputação
e sua honra profundamente abaladas.
E a Polícia Federal pregou aviso
quando afirmou que “por enquanto”, não tem nada contra José Carlos Consenza.
Certo é que não se fala mais nisso,
mas, as seqüelas, com certeza, ficaram.
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