TRÉGUA

De repente, não mais que de repente, como dizia Vinícius de Moraes em seu “Soneto da separação”, o que pareciam duas guerras ferozes entre o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Maia versus ministro da Justiça Sérgio Moro e o mesmo Maia versus presidente Jair Bolsonaro, virou cenas de pacificação. E o melhor é que sem muitos óbices. No primeiro caso, que envolvia trocas de farpas por causa do Projeto Anticrime, de autoria de Moro, a matéria tramitará primeiro, no Senado e Maia garante que ocorrerá o mesmo na Câmara, sem problemas. Para abençoar essa paz, bastou um café da manhã, onde Moro presenteou Maia com uma imagenzinha religiosa. Em se tratando dos arrufos Maia X Bolsonaro, que punham em perigo a tramitação da Reforma da Previdência, ambos ensarilharam as armas, e este último já deixou claro que tudo não passou de “chuva de verão”.