quarta-feira, 27 de março de 2019

DERROTA DO GOVERNO NA CÂMARA


Câmara aprova PEC que obriga governo a executar todos os investimentos do Orçamento


PEC foi aprovada em primeiro turno por 448 votos a 3 e, em segundo turno, por 453 votos a 6; texto segue para o Senado. Atualmente, somente o repasse de emendas é obrigatório.


Por Fernanda Vivas e Gustavo Garcia, TV Globo e G1 — Brasília

Deputados reunidos no plenário da Câmara durante a sessão desta terça (26) para votar a PEC que trata dos investimentos do governo — Foto: Luis Macedo/Câmara dos DeputadosDeputados reunidos no plenário da Câmara durante a sessão desta terça (26) para votar a PEC que trata dos investimentos do governo — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Deputados reunidos no plenário da Câmara durante a sessão desta terça (26) para votar a PEC que trata dos investimentos do governo — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Apoio 'total e irrestrito'

Pouco antes de a Câmara concluir a votação da PEC, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a proposta contará com o apoio "total e irrestrito" dele.

"Para garantir recursos no orçamento impositivo, para ajudar os estados, [a proposta] terá o meu total e irrestrito apoio como presidente do Senado e eu dividirei com os líderes partidários, que, não tenho dúvida, terão sensibilidade para aprovar essa matéria o mais rápido possível", disse.


"Se pudesse todo o orçamento do Brasil ser de emendas impositivas para fazer as obras importantes de Norte a Sul deste país, nós teríamos um país com menos desigualdades e um Estado mais responsável com aqueles que vivem na ponta", acrescentou Alcolumbre.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente Jair Bolsonaro, durante encontro na Câmara — Foto: J. Batista / Câmara dos DeputadosO presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente Jair Bolsonaro, durante encontro na Câmara — Foto: J. Batista / Câmara dos DeputadosO presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente Jair Bolsonaro, durante encontro na Câmara — Foto: J. Batista / Câmara dos Deputados

Maia nega retaliação

Mais cedo, nesta terça, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a articulação dos deputados para aprovar a PEC não representa retaliação ao Palácio do Planalto

Nos últimos dias, Maia e o presidente Jair Bolsonaro se envolveram em uma polêmica ao manifestar publicamente divergências sobre a quem cabe a articulação para aprovar a reforma da Previdência

Enquanto Bolsonaro diz que a responsabilidade é do Congresso, Maia afirma que o governo não pode "terceirizar" a articulação política.

"A PEC é uma vontade de todos os líderes, inclusive o [líder] do PSL [partido de Bolsonaro] não ficou contra, restabelecendo prerrogativas do Parlamento. Não tem retaliação contra ninguém", declarou Rodrigo Maia nesta terça-feira.

Depois da aprovação, Maia foi questionado novamente sobre o assunto e citou o discurso do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Bolsonaro, além da assinatura de Jair Bolsonaro na PEC

"O PSL votou a favor, o Eduardo fez o discurso. Ele e o presidente Bolsonaro assinaram essa PEC e reafirmaram a independência da Câmara, o fortalecimento da Câmara. Eu acho que é um gesto importante, o discurso do Eduardo, uma sinalização importante do governo querendo sinalizar pelo fortalecimento do Parlamento. Eu acho que é um momento histórico, aonde o parlamento recupera as suas prerrogativas com o apoio do Poder Executivo. Eu acho que é um grande gesto do presidente Bolsonaro, pelas palavras do deputado Eduardo. Foi um gesto muito importante", disse Maia.
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Jornal Nacional

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Relação entre os poderes


Para o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o governo precisa melhorar a relação com o Congresso.

Após se reunir com líderes partidários na Câmara, o principal responsável pela articulação política do Palácio do Planalto afirmou que o momento exige "conversa franca, olho no olho".

"Nós do governo precisamos melhorar no nosso relacionamento com a Câmara e com o Senado. Seguramente, os parlamentares compreendem que precisam

se esforçar para melhorar", disse o ministro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, porém, avalia que o problema é de comunicação entre o governo e o Congresso.

Fonte: G1

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