Neste domingo em que o tempo não se define, não se sabendo se vai fazer sol ou
se vai ter chuva , nada como mais uma maravilha do Poetinha.
Soneto do amigo
Enfim,
depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um
bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O
amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
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