Lúcido e bem escrito, esse texto que o colega jornalista, Nazareno Albuquerque postou no seu facebook é digno de reflexão:
Bomdiaaaa! Em nenhum
lugar do mundo, excetuando BR e EUA, se politizou (avacalhou) a gestão do COVID
19. Até na morte estamos divididos. Cada facção participando do esquartejo da
sociedade, disputando o fígado não do eleitorado, mas das mentes, a goela silenciada
pelo medo e desesperança.
O utilitarismo estudado por Harvard tem agora releituras macabras. Aponta-se que a dengue e o trânsito matam mais que o corona vírus, justificando que uma vida em si é apenas um número. Até que ela atinja sua família, e aí então a culpa é do PT ou dos militares, conforme as ideologias de funerária e não de filosofia política.
O utilitarismo estudado por Harvard tem agora releituras macabras. Aponta-se que a dengue e o trânsito matam mais que o corona vírus, justificando que uma vida em si é apenas um número. Até que ela atinja sua família, e aí então a culpa é do PT ou dos militares, conforme as ideologias de funerária e não de filosofia política.
Amanheci assim, reflexivo, depois que recorri aos números do vírus na Espanha. No início de março, El País registrava um cenário em que a população não se dava conta dos perigos do corona vírus. O governo não impusera o isolamento social, admitindo o fluir da economia e das pessoas com menos de 60 anos. Vinte dias depois a pandemia assustava Madrid recolhida e de hospitais e funerárias abarrotados de mortos. O caos que hoje os espanhóis choram.
Para mim, uma vida só importa. O que pode pensar quem admite que milhares de crianças sejam sacrificadas por minas e bombas para salvar ideologias ou poços de petróleo? Ou uma bomba atômica com a morte de milhares para finalizar uma guerra?
Essa é a lógica. Se você ama sua vida, proteja-se. Os demônios não se importam com você. A urgência é o tilintar de moedas e não o bater feliz do seu coração.
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