Feriado registra baixa nos óbitos do novo coronavírus
Feriado nacional do Dia da Inconfidência, popularmente conhecido como Dia de Tiradentes, registrou seis óbitos causados pelo novo coronavírus (covid-19). Os resultados dos exames de outras nove vítimas, que tinham falecido nos últimos dias, também foram emitidos. Sendo assim, o total de mortes provocadas pelo vírus subiu de 206 para 221. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), por meio da plataforma IntegraSUS, que pode ser acessada por qualquer pessoa.
Ao mesmo tempo que o número de óbitos registrou desaceleração no crescimento, o Ceará já conta com 3.682 pessoas que testaram positivo nos exames de covid-19. Contudo, esse número representa um aumento de 2,42% nas estatísticas de confirmados. Até segunda-feira (20), eram 3.484. A Capital ainda é responsável pela imensa maioria dos casos. Só Fortaleza, até ontem, tinha 3.018 ocorrências comprovadas por exames laboratoriais.
O sistema utilizado pela Sesa apresenta também os dados referentes a taxa de mortalidade, calculada pelo percentual dos casos confirmados que chegam a óbito. No Ceará, esse índice é de 6%, ou seja, a cada 100 infectados, seis acabam não resistindo. A nível de comparação, segundo a plataforma nacional de acompanhamento da pandemia no país, Painel Coronavírus, disponibilizada pelo Ministério da Saúde (MS), a proporção de mortes é de 6,3%.
Enquanto a rapidez no crescimento de casos confirmados e óbitos diminuiu, numa possível consequência do isolamento social, as ocorrências em investigação tiveram substancial aumento. Os 9.885 suspeitos, na segunda-feira (20), deram lugar, ontem, a 15.463. No feriado foram realizados 337 exames, totalizando, desde o início da epidemia no Ceará, 16.301 testes.
Rede hospitalar
O Governo do Ceará ampliou os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivos para atendimento de pacientes com covid-19 em 306 unidades no período de um mês. Na média, foram mais de 10 estruturas entregues por dia, reforçando o atendimento em Fortaleza e no interior do estado.
São 183 UTIs na Capital e Região Metropolitana, e outros 123 leitos a mais nas demais cidades. Entre as medidas, o estado assumiu dois hospitais privados, Leonardo da Vinci e Batista; e ampliou o número de leitos de terapia intensiva nos hospitais regionais da Região Norte (Sobral), do Cariri (Juazeiro do Norte) e no Sertão Central (Quixeramobim)
Também foram expandidas as unidades das cidades de Maracanaú, Caucaia, Itapipoca, Iguatu, Crateús e Icó; além de hospitais da Capital, como o César Cals, Messejana, Albert Sabin e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Dessa forma, os 306 novos leitos de UTI, para pacientes com Covid-19, se juntam a toda a rede já existente no Ceará para atendimento geral da população.
O governador Camilo Santana reforça que a busca por atenuar as consequências do novo coronavírus e resguardar a saúde da população se dá aliando medidas efetivas, como o isolamento social e aumento da capacidade de atendimento, ao trabalho dos profissionais de saúde. “Diante da gravidade e complexidade dessa pandemia, temos buscado agir de forma rápida, disponibilizando os recursos necessários para a ampliação de nossa rede de saúde pública. Mais de 300 novos leitos de UTI em um mês representam um resultado muito significativo”, afirmou.
O chefe do executivo cearense também destacou o “trabalho obstinado de nossos profissionais, que têm se dedicado dia e noite para melhorar o sistema de atendimento. O desafio é grande, mas iremos enfrentar e vencer”, declarou. Atualmente, cerca de 600 leitos de enfermaria também dão suporte aos serviço de atenção médica a pacientes com menor grau de complexidade.
Suprindo
O Secretário de Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Doutor Cabeto, destaca que o reforço de dez leitos de UTIs diários suprem, neste momento, a demanda por para tratamento de covid-19. Segundo ele, há a perspectiva, a depender da chegada de novos respiradores, da ampliação do número em 559 leitos de terapia intensiva para maio.
Ele frisa que as medidas tomadas no interior conseguem reter a demanda que viria para a capital nas três áreas com hospitais regionais. E que os hospitais-polo também auxiliam no controle da ramificação dos atendimentos fora da região metropolitana, evitando a saturação do sistema de saúde. Cabeto argumentou que “o Ceará, proporcionalmente, é o estado que mais realiza investigação por método direto, com a pesquisa direta do vírus. E isso tem sido muito importante na tomada de decisões”.
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