quinta-feira, 16 de abril de 2020

EM ÉPOCA DE CORONAVÍRUS, O MUNDO VISTO DE CIMA


Imagens de satélites podem ajudar em ações para conter a expansão mundial do coronavírus



Tecnologia denominada como sensoriamento remoto se torna uma ferramenta importante no cenário atual

A pandemia causada pelo novo coronavírus pode provocar grandes danos não só no sistema de saúde, mas também afetar mercados econômicos por todo o mundo. Assim como cientistas de toda parte correm contra o tempo para produzirem um remédio para tratar a Covid-19, diferentes setores sociais se mobilizam para missão. Uma vez que o processo para que um tratamento seja declarado eficaz é grande e passa por diferentes etapas, inúmeras ferramentas tecnológicas se apresentam como solução para amenizar a situação. É o caso, por exemplo, do sensoriamento remoto.

As imagens de satélites não podem ajudar diretamente no combate a doença, porém, podem ajudar autoridades em ações para evitar a expansão do vírus. "Com esse tipo de tecnologia é possível acompanhar a movimentação, o que está acontecendo no terreno observado, e assim saber se as novas regras de convívio social estão sendo respeitadas", explica Leonardo Barros, diretor-executivo da Hex, empresa de tecnologia geoespacial que ajudou a PF a chegar ao suspeito do vazamento de petróleo que atingiu a costa marítima do país em 2019.

Além de fazer esse monitoramento quanto às regras de isolamento social, com o sensoriamento remoto é possível acompanhar ações de montagem e construção de estruturas voltadas para o combate das doenças, como hospitais, barreiras nas estradas. "Pode parecer um detalhe esta geração de dados, mas quando projetamos isto ao longo de todo o território nacional, municípios remotos, o geolocalização dos dados possibilita a visualização das informações de forma correta no mapa e, ainda, possibilita checar pelas imagens de satélite a realidade de campo", destaca Leonardo.

Diferencial

A geração de informação devidamente geolocalizada somada ao rastreamento e visualização de movimentações contraindicadas para o momento, como aglomerações, podem indicar situações de risco ou emergências a serem verificadas pelas autoridades competentes.

Por um lado, o geoprocessamento atribui aos dados, localizações geográficas e a partir disso possibilita o estabelecimento de correlações, indicando padrões e/ou anomalias de comportamento em determinada região. Por outro, o sensoriamento remoto por meio das imagens de satélite disponibiliza os acontecimentos, os detalhes dessas regiões apontadas.

"O sensoriamento remoto fornece aos gestores visualização rápida de determinadas áreas, de forma ágil, e isso em um momento onde todos os recursos estão escassos. Essa tecnologia pode ser um auxílio importante nesse momento delicado para todo mundo", aponta o diretor.

A geolocalização precisa dos dados (geoprocessamento), como por exemplo, incidência de novos infectados pelo vírus, aponta nos mapas as "manchas de calor" - pontos que mostram a intensidade da incidência da ocorrência e a tendência da propagação. E então, a partir da associação das imagens de satélites a estes mapas, pode-se verificar as condições de acesso, logística, de forma rápida, sendo informações importantes para guiar a tomada de decisões.

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