sábado, 18 de julho de 2020

PRETO NO BRANCO

Coluna de sábado

                         Os jogos sujos da Política

        No Brasil, a política, que na visão dos que consideram uma ciência ou uma arte essa atividade, termina sendo prejudicada por políticos fanáticos e radicais. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, pode até ter em seus quadros muitos políticos de grande valor e merecida respeitabilidade, tomando-se como exemplo, entre outros, o governador do Ceará, Camilo Santana. Só que, para desequilibrar essa situação, esse partido abriga muitos personagens politicamente reprováveis, e cujos atos têm contribuído para levá-lo a perder a confiança dos políticos respeitados e do eleitorado sério.

O mais recente procedimento dessa tendência, e que pode lhe sair muito caro, inclusive, a partir do pleito de novembro, está relacionado com a maneira como os petistas começam a tratar o governador do Ceará.  São conscientes de que o gestor cearense, além de petista é, incontestavelmente, leal àqueles a quem ele respeita como aliados, e tem a gratidão aos políticos aliados que o ajudam, e que, por isso mesmo não irá atraiçoá-los. Por conta disso, eles tratam de agir de forma a neutralizá-lo, o que jamais conseguirão. Essa jogada condenável tem sido posta em prática, em se tratando do pleito municipal de novembro.

A cúpula nacional petista apoiada por petistas locais como José Guimarães, Luizianne Lins, Guilherme Sampaio, entre outros, lançam nomes onde os aliados de Camilo têm candidatos. Com essa jogada, que é mais uma malandragem para com os seus aliados, esperam afastar o governador dos palanques dessas cidades, ou tentar afastá-lo dos irmãos Ferreira Gomes, já que Ciro continua se constituindo na mais ameaçadora barreira às pretensões de Lula da Silva e do seu PT, em sua utopia de voltar a governar o Brasil. Utopia, porque a Nação jamais se esquecerá do fundo do poço em que o PT a mergulhou em 14 anos de poder.

             CURTO-CIRCUITO

SEM NEGOCIATAS

Na Câmara dos Deputados, tramita Projeto de Emenda à Constituição – PEC, de autoria do deputado Leônidas Cristino (PDT-CE), propondo que, a partir de agora, seja proibida a venda de grandes e médias estatais e subsidiárias, sem a permissão do Congresso Nacional. O objetivo é barrar o Poder Executivo de se desfazendo de gigantes estatais, geralmente por preços abaixo do merecido. É bem verdade que o governo geralmente administra mal essas empresas, mas, o pior mesmo e vende-las a “preço de banana”.

ATENÇÃO, MULHERES!

O pleito municipal de novembro (se a pandemia deixar) poderá ser a grande chance para que as mulheres, depois de tanto tempo, possam melhorar a sua condição de entes titulares da atividade política. Isso, tendo em vista o grande rigor com que o TSE, o Ministério Público Federal e até a Polícia Federal asseguram atuar, notadamente no caso do percentual de mulheres candidatas às Prefeituras e Câmaras Municipais. Nesse campo, as entidades responsáveis pela legalidade e segurança do pleito garantem não abrir mão dos 30% de vagas para candidaturas femininas.

REGRAS

Só que dessa vez, não serão poupadas mulheres que se submeterem à condição de candidatas “laranja” e, principalmente dirigentes partidários que se apoderarem consensualmente do Fundo Partidário a elas destinado. Trocando em miúdos: Quem desrespeitar as regras, pode dar até em cadeia e em suspensão das atividades para partidos que assim agirem.

FICHA LIMPA  

Estamos chegando a um ponto em que o Poder Legislativo, seja em nível federal, estadual ou municipal não terá que gastar mais seu tempo com CPIs para investigar e denunciar prefeitos acusados de improbidade e de outros crimes contra a sociedade. Prova disso é a cassação de nada menos do que 10 (dez) prefeitos, todos eles eleitos em 2016.

RIGOR

Destaque para a seriedade e o rigor que vem sendo o posto em prática pela Justiça Eleitoral do Ceará, que chega a bater, até o momento, recorde nacional de mais cassações de prefeitos por abuso de gestão e outras ilicitudes colocando-os totalmente fora de circulação. Indagado sobre esse “fenômeno”, o desembargador Haroldo Máximo, presidente do TRE, oferece a mais simples e lógica das explicações:  A Lei da Ficha Limpa, aprovada por todos os brasileiros, está sendo aplicada em todo o seu rigor, como a sociedade exige.

“GUERRA RELIGIOSA”

         De um governo como o de Jair Messias Bolsonaro pode-se esperar de tudo, a começar pela falta de paz política e social, sem se excluir nem mesmo uma espécie de “guerra religiosa” entre os cristãos brasileiros. Não há nada de exagero nessa advertência vinda do jornalista Ricardo Noblat, da Veja, diante da maneira como o presidente transforma o Palácio do Planalto num crescente reduto de pastores evangélicos, como ministros e chefes de setores importantes, esperando, com isso ter ao seu lado o pessoal das várias tendências protestantes, esquecendo-se, talvez, de que eles não representam a maioria no Brasil, que é de católicos em torno de 70% da população.

GUERRA RELIGIOSA II

Segundo foi noticiado pela imprensa do Sul-Sudeste, um dos primeiros sinais de que os católicos não pretendem permanecer de braços cruzados, é que grandes lideranças dessa Igreja teriam se unido para cobrar do TSE urgência para o julgamento do processo de anulação da chapa Jair Bolsonaro – Hamilton Mourão. Isso ocorrendo, estarão afastadas quaisquer ameaças dessa guerra indesejável.


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