O
clima no âmbito do Palácio da Abolição, onde o governador Camilo Santana dedica
99% do seu tempo a combater a pandemia, na visão de jornalistas e observadores
políticos que ali cobrem, tem sido cada vez mais o de que, devido às posições
assumidas de forma radical pelos petistas da capital, e com o apoio da cúpula
federal, é de que o pleito para a Prefeitura Municipal de Fortaleza deverá causar
um inevitável “racha” no PT. Isso, diante da decisão da seção da sigla em
Fortaleza fechar com a ex-prefeita Luizianne Lins a disputa rumo ao Paço Municipal.
Muitos amigos do governador, discretamente, continuam
convencidos de que a continuação dele no PT perdeu toda a lógica, e que o
melhor caminho para Camilo e todos os seus aliados, é mesmo o seu ingresso no
PSB, como deseja o comando nacional desse partido, e o que contaria com o total
apoio dos Ferreira Gomes.
Não custa lembrar que a maneira como o PT procura se afastar
dos Ferreira Gomes também em nível nacional, além de tentar anular as ações de
Ciro para a formação de uma frente de esquerda sem Lula da Silva, tem servido
para aumentar a distância entre PDT e PT no Ceará. Como reação a essa posição
petista, o senador Cid Gomes (PDT) afirma que a esquerda, “que se acha queimada
em todo o país, só consegue se reunir na cadeia”, já que suas ações nos últimos
anos estão praticamente direcionadas para a corrupção. A declaração vem agora,
que o PT tenta reunir a esquerda de Fortaleza em torno de Luizianne Lins. Se
nada mudar, a disputa para a Prefeitura de Fortaleza será o começo do fim da
coligação PDT-PT, e com muita virulência no decorrer da campanha eleitoral. Quem viver, verá.
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