quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Juiz do Trabalho que aparece em grupo de empresários golpistas alvo da PF redigiu anteprojeto da reforma trabalhista





Após o portal Metrópoles divulgar reportagem na qual denunciou que, em um grupo de Whatsapp, conhecidos empresários vinculados a Jair Bolsonaro (PL) defendiam um golpe de Estado para evitar a derrota de seu candidato nas próximas eleições,  o SINTRAJUF  sindicato que agrega os trabalhadores da Justiça Federal, revelou que também faz  parte do grupo um juiz do Trabalho de Curitiba, que atuou como um dos formuladores da reforma trabalhista aprovada em 2017, durante o governo de Michel Temer (MDB).

Os empresários foram alvos, hoje, 23, de buscas e apreensões e bloqueio de bens ordenados pelo ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o Sintrajuf, trata-se do Juiz do TRT9 (de Curitiba), Marlos Melek que ja escreveu livros sobre a legislação trabalhista e ganhou destaque no no contexto da tramitação da reforma que, em 2017, atacou dezenas de direitos dos trabalhadores brasileiros, no governo Temer. 

Melek foi um dos oito integrantes da comissão que redigiu o anteprojeto da reforma e, em 2017, defendeu a proposta no Senado, dizendo que ela podia “atrair investimentos e gerar empregos, por dar segurança jurídica aos empregadores” – o que não aconteceu. Melek chamou de “discursos ideológicos” as críticas à reforma, mesma expressão utilizada em sua publicação no grupo de Whatsapp. Em agosto de 2017, entrevistado em matéria da BBC Brasil, Melek disse que “o servidor público é um dos maiores problemas que o Brasil tem hoje” e que seria preciso “acabar com os privilégios” dos servidores.

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