segunda-feira, 15 de agosto de 2022

SOS SAÚDE: SINDICADO DIVULGA ÍNDICE DO "CORREDÔMETRO" DE FORTALEZA

 

Índice conta 143 pacientes em corredores em julho

O Sindicato dos Médicos do Ceará divulgou o índice de julho do “Corredômetro” que, todos os meses, conta a quantidade de pacientes que são encontrados nos corredores dos hospitais públicos do estado. No mês passado, o sindicato contabilizou que 143 pacientes passaram pelos corredores de hospitais como o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF)

Somente no Hospital de Messejana, o corredômetro identificou 83 pessoas nos corredores, no HGF, por sua vez, existiam outras 60. O índice de julho também incluiu os 33 pacientes nos corredores do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto e os 22 do Instituto Dr. José Frota (IJF), porém, estes últimos se referem ao mês de junho. No Hospital Infantil Albert Sabin, que também é monitorado pelo Sindicato, não houve registros de pacientes extra leito.
O “Corredômetro” é realizado como uma espécie de recorte da realidade da saúde pública do Ceará. Anteriormente, já chegou a ser uma publicação diária, mas atualmente é divulgado mensalmente com o balanço de unidades como o IJF, Hospital de Messejana, HGF, Hospital Infantil Albert Sabin e e Hospital Frota Pinto.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Dr. Leonardo de Alcântara, o objetivo do Corredômetro é divulgar e compartilhar com a sociedade sobre as dificuldades enfrentadas por pacientes e profissionais da área da saúde. “Dois dos principais prejuízos são os riscos de algum paciente não ser visto e também de ficar em estado grave, expostos aos ambientes com passagens de diversas pessoas. Além disso, os hospitais analisados contam com alta demanda e poucos profissionais para suprir a escala. Sem condições de dar a devida atenção aos doentes, os profissionais podem ser cobrados, acusados e responsabilizados em caso de complicação”, explica.

Em comparação ao índice de junho, houve piora na situação de pacientes extra leito no Hospital de Messejana, que na contagem anterior tinha 71 pessoas nos corredores. O HGF, porém, manteve o número de 60 pacientes em ambos os meses. É possível perceber uma melhora na situação ao comparar as duas sondagens mais recentes no Hospital Infantil Albert Sabin, que anteriormente tinha seis pacientes alocados em corredores.

Nesse contexto, para resolver a situação o Sindicato dos Médicos defende que deve haver maior investimento na infraestrutura e a contratação de mais profissionais para todas as unidades de saúde observadas. “Hoje, temos equipamentos defasados e superlotação devido aos baixos investimentos na saúde e fechamento de hospitais”, pontua o Dr. Leonardo de Alcântara.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde do Estado (SESA) informou que a quantidade de pacientes extra leito nos hospitais da Rede Estadual é dinâmica. Além disso, a secretaria garantiu que, mesmo nos corredores, esses pacientes também são assistidos por equipes multidisciplinares, realizando exames, recebendo medicação, alimentação e todos procedimentos necessários ao quadro clínico.
Por Yasmim Rodrigues/O ESTADO


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