domingo, 29 de dezembro de 2013

PRETO NO BRANCO, coluna publicada no jornal O ESTADO

Sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Desistência de Serra é conto de Papai Noel
As últimas movimentações do xadrez político-eleitoral nos levam a observar uma espécie de recuo estratégico do eterno presidenciável tucano José Serra, que anunciou por sua conta no Facebook que o PSDB deveria lançar o quanto antes a candidatura de Aécio Neves à presidência. Todos sabem que o PSDB não difere dos demais partidos quando o assunto é disputa interna, vivendo uma briga que o divide entre os aliados de Serra, o mais poderoso dos tucanos e o resto.
A mensagem de Serra, que chegou a ser tomada por parte da imprensa como uma jogada de toalha, deve ser analisada com a máxima cautela, pois se segue a outro anúncio bastante significativo, o de que o PPS de Roberto Freire, apoiaria a candidatura de Eduardo Campos e não a de Aécio. Ora, todos sabemos que o PPS não passa de uma sublegenda do PSDB, assim como Roberto Freira é uma espécie de lugar-tenente de Serra, sempre a seu serviço. Por que, então, o PPS de Roberto Freire, contrariando boa parte de sua militância e parlamentares, como é o caso do ex-ministro e hoje vereador do Recife, Raul Jungmann, apoiaria Eduardo Campos e não Aécio Neves, se o próprio chefe já tivesse, de fato, desistido da disputa e decidido apoiar Aécio?
Está mais que evidente, para quem tiver um mínimo de vivência nos meandros do jogo político, que o artifício de Serra ao mandar que Roberto Freire anunciasse apoio à candidatura de Eduardo Campos é esvaziar e enfraquecer a candidatura de seu principal adversário nesse momento que é o próprio Aécio Neves, pois para ser presidente é necessário, primeiro, conseguir ser, pelo menos, candidato. Quem acreditou que Serra está fora do páreo acredita também que Papai Noel desceu pela chaminé no  24 e lhe trouxe aqueles lindos presentes, mesmo que sequer tenha chaminé.
CURTO CIRCUITO
• coisa rara -  Num país onde a falta de ética é procedimento corriqueiro entre políticos em geral, o deputado paulista Walter Feldman, ao deixar o PSDB para se alinhar à ex-senadora Marina Silva, devolveu o seu mandato de deputado federal, por entender que este não lhe pertencia, mas ao partido pelo qual se elegeu!... Aleluia!!!
• Santo protetor - O Brasil virou mesmo “santo protetor” de tudo o quanto não presta vindo de outros países. Depois de o Governo Federal acolher e proteger o tetra homicida italiano Battisti, tem um grupo de senadores trabalhando para tornar “hóspede” do nosso país o traidor Edward Snowden, que traiu o seu país, EUA, colocando em risco aquela nação.
• Desencanto - A farmacêutica e bioquímica Maria da Penha, vítima de uma violência inominável da parte do ex-marido, mostra-se profundamente desencantada e preocupada com as poucas punições por conta de violência contra as mulheres, que cresce a cada dia, alimentando   manchetes. Para ela, “sem sair do papel, essa lei se torna inútil”.
• Grande perda - As artes plásticas do Ceará ficaram mais pobres com o falecimento da pintora, escultora, tapeceira e desenhista Heloísa Juaçaba, cuja vida quase inteira foi dedicada às artes. Além de um grande talento e profissionalismo, ela se destacou pelo incentivo às artes plásticas, com o que se revelaram grandes talentos.
• Coisa de doido - O eleitorado do Estado de São Paulo, com toda certeza, é o mais tresloucado do país, não admirando já ter elegido até o hipopótamo “Cacareco”. Pesquisa do Ibope sobre a Câmara dos Deputados revelou os preferidos daquela gente: Celso Russomano, José Serra, o pastor-deputado homófobo Feliciano, e, graças a Deus, o cearense Tiririca!...
• Ameaça - O operário Zé Maria, presidente nacional do PSTU, o mais agitador dos partidos do país, foi lançado pela quarta vez à presidência da República. A maior preocupação para a presidenta Dilma não deve ser o “perigo” impensável de ele ser eleito, mas sim, o que ele está prometendo, ou seja, uma campanha barulhenta e muita agitação.
• Reivindicando - Na Assembleia Legislativa, cresce movimento dos servidores da Casa, reivindicando melhoria salarial prometida desde 2007, pelo governador Cid Gomes à categoria. Segundo eles, não houve repasses da diferença do PIB. Segundo a Associação dos Servidores, um reajuste maior não trará perdas ao Tesouro do Estado.
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